Na tentativa de conter a inflação, uma das mais altas do mundo, com acúmulo de 37% em 2021, a Argentina anunciou o congelamento dos preços de mais de mil produtos da cesta básica por 90 dias.
A medida foi tomada após um acordo fechado pelo governo com empresários, que determina o recuo dos preços de produtos de alimentação e limpeza a partir de 1º de outubro, seguindo até 7 de janeiro. “O fundamental é frear a inflação e garantir um trimestre de muito consumo”, declarou Feletti à rádio El Uncover.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em setembro a Argentina teve um índice de inflação de 3,5%, elevando para 52,5% a taxa interanual. Problema persistente, com taxas anuais de dois dígitos há duas décadas, o governo se viu obrigado a aprovar a medida por conta de protestos de organizações sociais, que exigem mais assistência e subsídios alimentares em meio à crise econômica. Hoje, 40% dos argentinos estão na pobreza.
Mesmo com o reajuste em 16% do salário mínimo, ocorrido há algumas semanas, o valor pago aos trabalhadores argentinos, 33 mil pesos mensais (cerca de R$ 1,74 mil), equivale a menenos da metade do valor da cesta básica de uma família típica, segundo o Indec.
No próximo dia 14 de novembro ocorrem as eleições legislativas, visada pelo governo, que busca mante a maioria no senado.
Com informações da AFP.
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