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Vacina de reforço tem eficácia de 95,6%, diz Pfizer-BioNTech

Dose de reforço da Pfizer apresenta grande eficácia - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF
Estudo realizado pelos dois laboratórios foi divulgado nesta quinta-feira (21)

Uma dose de reforço da vacina contra Covid-19, desenvolvida pelo consórcio Pfizer/BioNTech, apresenta eficácia de 95,6%. Esses são dados publicados, nesta quinta-feira (21), pelo estudo realizado pelos dois laboratórios. O ensaio clínico de fase 3, realizado em “10 mil pessoas com mais de 16 anos”, demonstra “eficácia de 95,6%” e um “perfil de segurança favorável”, de acordo com comunicado.

No Recife, idosos e profissionais de saúde já recebem a dose de reforço – Foto: Rodrigo Carvalho

Aliás, segundo as empresas, esses são “os primeiros resultados de eficácia de um ensaio amplo para testar o reforço da vacina contra a Covid-19”. Além disso, a realização do estudo aconteceu no período em que a variante Delta se tornou a principal a circular. “Esses resultados demonstram, mais uma vez, a utilidade dos reforços para proteger a população contra a doença”, afirmou Albert Bourla, diretor-geral da Pfizer.

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Vale ressaltar que a idade média dos participantes do estudo ficou em 53 anos. Vários países já autorizaram a administração de uma dose de reforço contra o coronavírus. O objetivo, aliás, é estimular a imunidade das pessoas vacinadas, que costuma baixar ao fim de vários meses, conforme estudos. Nos Estados Unidos, por exemplo, os peritos da Agência de Medicamentos (FDA) defenderam, no final de setembro, uma terceira dose da Pfizer/Biontech para determinadas populações de risco, como os maiores de 65 anos.

Dose da vacina Pfizer-BioNTech – Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

Na Europa, a Agência dos Medicamentos (EMA) aprovou, no início do mês, de forma mais ampla, o princípio de uma terceira dose da Pfizer/Biontech para os maiores de 18 anos. Ela, aliás, deixa aos países a escolha mais precisa sobre as populações elegíveis. A França, por exemplo, começou a administrar essa dose de reforço a alguns grupos da população: aos mais idosos (seis meses após a vacinação) e a pessoas com sistema imunológico frágil. Ainda assim, outros governos estão indo mais longe. Em Israel, a terceira dose está disponível a partir dos 12 anos de idade, cinco meses após a vacinação.

Em Portugal, depois de o país ter atingido a meta de 85% da população totalmente vacinada, está sendo administrada a terceira dose da vacina. A prioridade são idosos com 80 anos ou mais e moradores de abrigos que necessitam de cuidados contínuos, abrangendo, nesta fase, as pessoas com 65 anos ou mais.