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No G20, Bolsonaro critica CPI e diz que sempre defendeu a vacina

Jair Bolsonaro na Itália - Foto: José Dias/PR
Alvo de pedido de indiciamento por nove crimes, presidente afirmou que senadores nada fizeram durante a pandemia

Em visita à Itália, para o encontro do G20, Bolsonaro voltou a fazer declarações polêmicas. Em entrevista exibida, neste domingo (31), pela emissora de TV italiana SkyTg24, o presidente brasileiro afirmou que a CPI da Covid, cujo relatório recém apresentado pede seu indiciamento por nove crimes, teve motivação política. Aliás, segundo ele, a comissão parlamentar foi conduzida por políticos de “esquerda e da oposição” ao seu governo e que esses setes senadores “nada fizeram” durante a pandemia. “Deixaram tudo acontecer”, afirmou Bolsonaro ao canal italiano.

Jair Bolsonaro no encontro do G20 – Foto: Alan Santos/PR

Além disso, ainda que não tenha se vacinado contra o coronavírus, Bolsonaro ressaltou que sempre foi a favor da imunização. Aliás, em seu pronunciamento no primeiro dia de G20, o presidente defendeu a campanha de vacinação e os esforços dos líderes mundiais para enviar as doses aos países mais pobres. Ainda assim, ele, mais uma vez, voltou a defender remédios sem eficácia contra a Covid-19.

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“Nós sempre fomos a favor da vacina. Eu destinei muitos fundos para a compra das vacinas e isso aconteceu. Porém eu penso que os médicos devem ter a autonomia sobre como tratar o paciente e qual remédio escolher para a cura”, disse o presidente brasileiro.

Presidente brasileiro participa do encontro com líderes mundiais – Foto: Alan Santos/PR

Ao ser questionado sobre os mais de 607 mil mortos pelo vírus no Brasil, Bolsonaro atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Petrobras. “Lula me acusa de genocídio porque é um oportunista”, disparou. Além disso, à TV, Jair Bolsonaro também disse que sua eleição em 2018 “foi um milagre que salvou o Brasil” e citou dados incorretos sobre o desmatamento.