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Elon Musk vende US$ 1,1 bi em ações da Tesla para cobrir impostos

O empresário Elon Musk, em frente a painel da Tesla (Foto: Reuters)
Bilionário também comprou quase 2,2 milhões de ações da empresa

O fundador e presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, vendeu cerca de US$ 1,1 bilhão (R$ 6 bilhões) em ações da fabricante de veículos elétricos na segunda-feira (8), depois de anunciar no fim de semana que planejava se desfazer de 10% de suas ações.

A venda ocorreu para cobrir obrigações fiscais relacionadas a opções de compra do bilionários, de acordo com documentos apresentados na quarta-feira (10) à agência reguladora de mercado dos Estados Unidos (SEC).

Musk comprou quase 2,2 milhões de ações da Tesla para vender cerca de 930 mil somente na segunda-feira (aproximadamente 0,5% dos seus papéis da companhia).

Os recursos levantados com a venda permitem a Musk pagar os impostos associados ao exercício das opções de compra, uma vez que sua fortuna, estimada em US$ 281,6 bilhões (R$ 1,5 trilhão) pela Forbes, está vinculada a sua participação na Tesla.

O movimento do bilionário também o poupa do pagamento de impostos sobre ganhos de capital com os quais ele teria que arcar caso ele vendesse as ações sem exercer as opções de compra.

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As ações da Tesla subiram 2% depois da divulgação do documento, ajudando a aliviar a pressão de venda dos últimos dias que ameaçou a posição da empresa entre aquelas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão.

No sábado, o empresário de 50 anos realizou uma enquete em seu perfil no Twitter para saber se deveria vender 10% de suas ações da Tesla. Dos 3,5 milhões de usuários que votaram, 57,9% responderam que sim.

Na segunda-feira, na abertura de Wall Street, as ações da Tesla chegaram a cair 7,2% em meio a preocupações do mercado, que temiam que Musk pudesse desequilibrar a oferta e a demanda pelos papéis da empresa.

Por isso, o bilionário vendeu seus títulos a um preço significativamente mais baixo do que se o tivesse feito antes de seu tuíte, uma decisão que lhe custou dezenas de milhões de dólares.

O documento, no entanto, mostra que o magnata havia iniciado a venda em 14 de setembro. Portanto, a decisão não foi tomada após a enquete.

Com informações da Folha de S. Paulo.