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Bolsonaro diz que filiação ao PL não deve sair no dia 22

Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Carolina Antunes/PR
Entre as pendências a serem debatidas com o partido estão temas relacionados à pauta conservadora e às relações exteriores

O presidente Jair Bolsonaro disse, neste domingo (14), durante viagem oficial a Dubai, que sua filiação ao PL não deve ocorrer no dia 22 de novembro, como anunciado inicialmente pelo partido. Bolsonaro afirmou ainda que tem “muito a conversar” com Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O partido divulgou um comunicado confirmando o adiamento da filiação.

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto – Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Eleito presidente pelo PSL em 2018, Bolsonaro deixou o partido em 2019 em meio a divergências com a cúpula da legenda. Na ocasião, aliás, ele chegou a articular a criação de uma nova sigla, a Aliança Pelo Brasil, que não passou da fase de coleta de assinaturas. O presidente foi questionado sobre a filiação ao PL durante visita a uma feira de aviação em Dubai, a Dubai Airshow. Bolsonaro e uma comitiva do governo iniciaram no sábado (13) uma viagem de uma semana pelo Oriente Médio.

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“Quer saber a data da criança se eu nem casei ainda? Que data vai nascer a criança. Tem muita coisa a conversar com o Valdemar”, disse o presidente. “Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele, e estamos em comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele não comece sendo muito igual os outros. Não queremos isso”, completou Bolsonaro.

Jair Bolsonaro – Foto: José Dias/PR

Entre as pendências para a filiação, segundo o presidente, estão acertar com Valdemar o discurso sobre temas como a pauta conservadora, muito valorizada por Bolsonaro, e questões sobre relações exteriores. “Temos muitas coisas a acertar ainda. Por exemplo; o discurso meu e do Valdemar nas questões das pautas conservadoras, nas questões de interesse nacional, na política de relações exteriores”, detalhou o presidente. “A questão de defesa, os ministros, o padrão de ministros a continuar. Casamento tem que ser perfeito”, finalizou Bolsonaro.

Além disso, o presidente afirmou que devem ser discutidas coligações estaduais. Segundo ele, em São Paulo, por exemplo, não será aceito apoio a candidatos do PSDB.