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Ceia de Natal deve ficar 27% mais cara em 2021

Foto: Reprodução/Getty Images/Guia da Cozinha
Dos dez itens presentes na ceia, os que apresentaram maior alta foram as carnes de frango e bovina e ovos

Com a proximidade das festas de fim de ano, muita gente já está pensando na ceia de Natal, que costumar reunir as famílias todos os anos. No entanto, após mais um ano imerso na crise, com um cenário de alta inflação, a ceia em 2021 deve pesar mais no bolso das famílias brasileiras.

Itens como carnes de frango e bovina, ovos, pães, bacalhau e vinhos, que costumam compor a mesa no fim do ano registraram a maior alta de preços em um ano. O frango inteiro foi o item que mais disparou, com 27,31%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor-10 (OPC-10), indicador calculado pelo FGV-Ibre em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. O indicador ainda apontou que ovos tiveram a segunda maior alta, com 20,05%.

Desde a demanda aquecida no mercado internacional por proteína animal até a pressão de custos para os produtores no campo, são diversos os ingredientes que combinam no avanço dos preços.

As carnes bovinas tiveram a terceira maior alta: 18,68%, muito pelo fato do aumento das exportações durante a pandemia. No entanto, poderia ser pior, se não fosse o embargo chinês posto em setembro após a suspeita de dois casos de vaca louca no Brasil.

Na lista dos dez itens que mais apresentaram elevação do preços, além dos já citados, estão azeite (13,69%), pães de outros tipos (11,12%), bacalhau (7,98%), vinhos (7,77%), lombo suíno (6,48%) e pernil suíno (3,44%). Do total de itens, apenas o arroz apresentou queda de 4,45%, em parte por causa das melhores condições de safra no Sul do país.

“A gente precisa entender que parte dos produtos, como bacalhau e vinhos, é importada. Há o impacto da alta do dólar. Vai ser um Natal de preços pressionados”, diz o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). Ele, no entanto, acredita em uma estabilização ou baixa dos preços em 2022

Com informações da Folha de SP.