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Milionários podem encarar escassez de jatinho neste fim de ano

Imagem: Reprodução/Internet
Pandemia aumentou nas férias a demanda por aeronaves, cujo aluguel pode chegar a R$ 900 mil

Desde o início de 2021, o mercado de fretamento de jatinhos executivos vem sido aquecido corriqueiramente. Inclusive, está em alta neste fim de ano. Eles [milionários] estão preferindo rotas e atendimento exclusivos, para evitar o risco de contágio e, assim, garantir uma maior privacidade.

Devido a pandemia, isso serviu para lembrar a eles que não precisam se sujeitar a voos lotados, a uma espera demorada nos aeroportos ou até mesmo ter que adaptar horários em sua agenda para voos regulares das grandes companhias aéreas.

Diante da oferta reduzida de assentos nos voos comerciais, eles podem simplesmente alugar um jatinho, inclusive por aplicativo.

Hoje, exemplificando, três (3) das maiores empresas de aviação executiva do país, a Flapper, Líder e a TAM Aviação Executiva, já começaram a negar pedidos de jatos feitos por eles em cima da hora.

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Geralmente, nas companhias aéreas, cerca de 90% dos fretamentos são para viagens de negócios e a recomendação é que as viagens sejam agendadas pelo menos dez dias com antecedência. Sendo assim, o valor consequentemente irá mudar de acordo com o modelo da aeronave.

Trazendo um exemplo, hoje, um voo ida e volta de Belo Horizonte para São Paula, utilizando um King Air C90GT, custa aproximadamente R$ 24 mil. Em relação ao HondaJet, esse mesmo trajeto sai por R$ 30 mil. Já indo em um Hawker 800XP, o valor ultrapassa R$ 38 mil.

De acordo com o presidente da TAM Aviação Executiva, Leonardo Fiuza, ele diz que esses voos permitem uma mobilidade maior em relação aos outros. “A aviação executiva permite uma mobilidade muito maior, com pousos liberados nos cerca de 3.000 aeroportos no país, contra 120 destinos, em média, atendidos pelas companhias aéreas”, diz ele..

Na companhia aérea, somente em 2021 o úmero de fretamentos teve um crescimento de 60%, comparado ao período pré-pandemia, visto que muitos passageiros ficaram sem viajar no ano anterior por conta das incertezas provocadas pela covid-19.

Com o risco de ficar sem os voos, eles precisam se apressar. Segundo Guilherme Régis, analista comercial da Flapper, eles já estão com 80% de ocupação nos voos até o fim de janeiro.

A empresa, que conta com cerca de cem jatos executivos na sua base, já precisou negar voos para Salvador e Morro de São Paulo (BA), pelo fato de que as aeronaves já estavam locadas no período solicitado. Vale lembrar que, a Flapper não é proprietário do jato, ela é responsável por fazer a intermediação entre quem aluga e o cliente.

Além disso, um dos primeiros sinais de que eles perceberam que a demanda estava acima do previsto foi observado e analisado no final da Copa Libertadores da América, em Montevidéu, em 27 de novembro. “Fizemos só dois fretamentos para a data porque faltou aeronave”, diz ele, lembrando que a pista de pouso do Aeroporto Internacional de Carrasco, na capital uruguaia, precisou ser fechada, por falta de espaço.

O custo do voo de ida e volta de jatinho, para Montevidéu ou Punta Del Leste, partindo de São Paulo, por exemplo, ficou em torno de R$ 200 mil.

Importante lembrar que todo esse aumento da demanda acontece em meio à alta do combustível de aviação, que exigiu mudança nas tarifas. Só na Flapper, houve quatro reajustes somente este ano.

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Uma opção para quem pretende fazer voos mais curtos e quer manter a privacidade, a alternativa são os helicópteros, também na base de fretamento da Flapper. Somente em 2021, o negócio teve aumento de 30%.

Uma saída de um dos helipontos da avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, por exemplo, rumo a Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, sai por R$ 30 mil (só o voo de ida).

Com informações da Folha de São Paulo.