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“Caiu a casa, fiquei sem chão”, diz Marcos Mion sobre a Record

Marcos Mion - Globo/Victor Pollak
Apresentador falou, em entrevista à Istoé, que quer o sábado da Globo para o resto da sua vida

O apresentador Marcos Mion falou, em entrevista à Istoé, sobre a positiva repercussão e seu sucesso na TV Globo. Ele também contou sobre o período em que passou na Record.

Sobre à Globo, ao ser questionado se já esperava uma aprovação incondicional, Mion respondeu que foi chamado pela produção para tentar entender o que estava acontecendo: “É realmente um fenômeno o que está acontecendo. Essa aprovação de público, crítica, audiência, comercial, é uma coisa que acontece raras vezes em qualquer lugar. Raramente você tem uma aprovação que vem de todos os lados. E aí a gente teve exatamente essa conversa. Como você chegou nesse lugar? Chegamos à conclusão de que não há uma fórmula, uma resposta pronta, mas é a conjuntura da vida. E essa conjuntura é única. Se não tivesse saído da Globo em 1998 e não tivesse ido para a MTV, se não tivesse me criado como comunicador na MTV no final dos anos 90, não teria enraizado em mim a ousadia que hoje consigo imprimir no Caldeirão, que chama a atenção das pessoas. Caramba, que coisa original, o cara está apresentando na Globo de chinelo. Deu um auê essa história. Aí apresentei de bermuda. Subo na mesa e danço. Essa ousadia você não estuda. A história da minha vida me moldou da forma que sou hoje.

“É uma coisa que acontece raras vezes em qualquer lugar”. Marcos Mion, em entrevista à Istoé, sobre sucesso na Globo.

Sobre a experiência na Record, o apresentador acredita que o período que passou na emissora foi fundamental para sua fase de carreira atual. Segundo Mion, se a Record não tivesse lhe demitido no começo de 2021 de uma forma completamente inesperada e sem explicação, talvez a situação fosse diferente.

“A Fazenda foi um sucesso inacreditável, mas no final passei um período difícil, enfrentei um inferno ali, caiu a casa, fiquei sem chão.”, desabafou.

“A Record nunca me deu uma explicação, e, se alguém tem que dar, é ela. Uma coisa difícil de entender é porque depois de tantos anos juntos, de entrega, trabalhos incríveis, dedicação total, a emissora faz questão de divulgar em toda a imprensa que o profissional está sendo demitido. Isso não é uma praxe do mercado.”, comentou sobre a demissão da emissora.

Ao ser questionado se tem outros projetos na Globo, Mion deixou claro que na plim plim faz qualquer coisa: “Se o Bonner um dia atrasar e eu precisar ir para a bancada do Jornal Nacional, conta comigo. Só me arruma uma gravata porque não tenho gravata. Mas o sábado é o meu sonho e daqui ninguém me tira.“, mas ressaltou que está realmente bastante satisfeito com no lugar que vem ocupando na grade da emissora líder de audiência:

“Quero o sábado da Globo para o resto da minha vida.”, afirmou o pai de Romeo, Steffano e Donatella.

O marido de Suzana Gullo também comentou, na entrevista, sobre a visibilidade que tem dado ao autismo. O filho mais velho do apresentador, Romeo, de 16 anos, é diagnosticado com transtorno do espectro autista e Mion acredita que divulgar essa condição e falar sobre o assuntou é um propósito de vida:

“A gente tem muitas missões na vida. A arte, a comunicação, levar entretenimento e esperança para as pessoas são minhas missões. Agora meu propósito é meu filho e o autismo.”, declarou.

Marcos Mion e o filho mais velho, Romeo – Foto: Reprodução/Instagram

O apresentador ainda falou sobre política, deixou clara sua posição e criticou o governo: “Não sou neutro, deixo muito claro meus posicionamentos porque falei desde o início da pandemia que era 100% a favor da vacina, 100% a favor da informação, 100% a favor de salvar vidas. A gente não precisa ir longe. Quero botar uma crítica minha ao governo: luto constantemente contra o ministro da Educação (Milton Ribeiro), que fala que pessoas deficientes atrapalham o andamento das pessoas neurotípicas. Fui para cima. Agora aparece outro falando que é pior perder a vida do que a liberdade. Vou dizer algo mais: poucas coisas são tão perigosas como um ignorante com poder, mas não põe isso no título.

Sobre comparação com Chacrinha, Mion diz que evita falar sobre o assunto, mas pondera que eram outros tempos de televisão:

“Se você colocasse o Chacrinha no YouTube pensa num cara que seria cancelado a cada dois minutos”.

Sou cria dos grandes comunicadores de auditório e até outro dia me chamaram atenção para uma coisa que faz sentido: sou o último moicano, o último dessa raça. Depois de mim começaram a vir só pessoas nascidas na internet, com outro tipo de linguagem, que não são pessoas que se criaram fazendo programa de auditório. Acho que sou o fim de uma espécie.“, concluiu.

 

 

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