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Negociação à federação partidária gera impaciência do PSB com o PT

Imagem: Divulgação
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, demonstrou irritação com o PT

Durante uma reunião, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, demonstrou irritação com o Partido dos Trabalhadores (PT), no qual negocia formar uma federação e cobrou gestos para discutir o cenário eleitoral em Pernambuco.

Siqueira tem reclamado da postura do PT, o que leva integrantes da sigla a colocarem em xeque a possibilidade de ter uma união formal entre os dois partidos.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, demonstrou irritação com o PT, partido com o qual negocia formar uma federação, e cobrou gestos da legenda em reunião para discutir o cenário eleitoral em Pernambuco nesta semana.

Apesar das conversas, pessoas próximas a Siqueira e integrantes do PSB não duvidam que possa haver um cavalo de pau na discussão e que ele desista de levar adiante as tratativas pela federação se o PT não fizer as concessões que ele deseja.

Em Pernambuco, por exemplo, o impasse se dá porque, como o PSB ainda não apresentou um nome para disputar o governo, o PT lançou o senador Humberto Costa (PT/PE) como opção para governar o estado com o intuito de pressionar os pessebistas.

Já o candidato natural do PSB seria o ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB/PE), que resiste para entrar na corrida.

Na última quinta-feira (27), o governador Paulo Câmara (PSB/PE) disse que apresentará o nome para disputar a sua sucessão até a próxima terça-feira (1).

Assim, o presidente do PSB esperava que o PT anunciasse a retirada do nome, o que não aconteceu. Ontem (28), o PT divulgou uma pesquisa encomendada pelo partido que mostra Humberto Costa à frente do deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE), provável candidato do PSB.

A ideia é mostrar como a candidatura de Costa é competitiva. Em última instância, porém, segundo integrantes da cúpula petista, a tendência é abrir mão da candidatura do senador na semana que vem.

Porém, munidos do resultado da pesquisa, o objetivo é mostrar ao PSB que, ao ceder em Pernambuco, o PT faz um grande esforço já que abre mão de um nome forte para concorrer ao governo do estado e, assim, ganhar fôlego para negociar em outros locais.

“Nós, do PT, reafirmamos o papel do governador Paulo Câmara como coordenador do processo [em Pernambuco], mas reafirmamos as razões da apresentação por parte do diretório estadual da nossa candidatura ao governo”, disse Humberto Costa em entrevista à Folha.

Com informações da Folha de São Paulo.