Nelson Piquet voltou a se manifestar sobre os comentários racistas e homofóbicos que fez sobre Lewis Hamilton. Diferentemente da primeira vez, quando pediu desculpas pelos termos usados para se referir ao piloto britânico, agora o brasileiro diz não ver problema em chamar o heptacampeão da Fórmula 1 de “neguinho”. O ex-piloto, de 69 anos, disse ainda que usa a palavra com seus “amigos brancos” e que não se importa com as críticas.
“Isso é tudo besteira, eu não sou racista. Não há nada, nada que eu disse errado. O que eu usei é uma palavra muito suave, até usamos com alguns amigos brancos”, explicou Nelson Piquet, em entrevista à revista Motor Sport Magazine sobre ter chamado o piloto inglês Lewis Halminton de “neguinho”. E complementou: “Eu realmente não me importo, isso não atrapalha minha vida.”
Piquet chegou a comunicar um pedido de desculpas a Hamilton na última semana. O brasileiro argumentou um equívoco na tradução do termo, alegando que a palavra é usada coloquialmente no Brasil, minimizando o caso e suas declarações de cunho racista.
Na segunda-feira, entidades entraram com uma ação contra Nelson Piquet no Tribunal de Justiça do Distrito Federal pedindo uma indenização no valor de R$ 10 milhões. Os órgãos citam reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro de modo geral.”
Entenda a polêmica entre Nelson Piquet e Lewis Hamilton
Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão no final de semana. É possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen — namorado de sua filha, Kelly Piquet — durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra. Ele ainda fez um comentário homofóbico para justificar a perda do título de 2016 por Hamilton para Nico Rosberg.
Na ocasião, Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 no passado. O caso de Senna ocorreu na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro. “O Senna não fez isso. O Senna saiu reto”, comparou.
Desde o começo da semana, o comentário do brasileiro foi duramente criticado por internautas, relembrando o seu histórico de frases polêmicas. “Surpreendendo um total de zero pessoas”, escreveu uma usuária do Twitter. “Imagina o que ele não deve falar em off”, escreveu outra. A filha do tricampeão, de 69 anos, Kelly Piquet, é namorada de Max Verstappen. O holandês visitou o ex-piloto em Brasília antes do GP de São Paulo, em novembro de 2021, que terminou com Hamilton no lugar mais alto do pódio. Porém, foi Verstappen quem terminou com o título ao fim da temporada.
*As informações são do Estadão
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