Acontece

Cássia Kis se defende após polêmicas: “Nunca fui homofóbica”

Cássia Kis
Cássia Kis (Foto: Divulgação)
Atriz afirma ser vítima de assédio moral

Cássia Kis, 64 anos, se defendeu das acusações recentes envolvendo seu nome. Em um texto publicado na Folha de S. Paulo, a atriz -que está no ar na novela Travessia– negou veementemente que seja homofóbica, como lhe reputam alguns colegas da classe artística. Além disso, ela afirma ser vítima de assédio moral.

Leia Mais

Cássia Kis participa de manifestações bolsonaristas no RJ

“Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria “envergonhando” a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei. A pressão sobre mim —verdadeiro assédio moral— ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de “homofobia” por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro. Não, meus caros, não sou nem nunca fui homofóbica; sou, no máximo, mentirofóbica e idiotofóbica”, iniciou.

“Embora eu não deseje o mal de ninguém, nem por isso aceito as pechas equivocadas que alguns têm lançado sobre mim. E por quê? Porque aprendi o valor de uma boa reputação, construída com trabalho e amor ao longo de muitos anos. E também porque aprendi que com a verdade não se brinca. Portanto, não posso simplesmente dar de ombros perante os murmúrios que atingem tanto a pessoa como a artista. Sei que a vida não é o palco, por isso procuro vivê-la com veracidade, não como se estivesse num teatro de máscaras. No meu caso, não estou representando ao me defender de falsos rumores com potencial destrutivo”, continuou. 

Cássia Kis
Cássia Kis (Foto: Divulgação)

“Meus detratores dizem que política e religião não se misturam, porque o Estado é laico. Mas eles estão justamente politizando a minha fé, talvez imaginando que rezar o terço, ir à missa aos domingos e me confessar com um sacerdote sejam atos políticos. Estão enganados. Ocorre que a Cássia que reza é a mesma cidadã que tem o direito constitucional de manifestar suas preferências políticas. Uma só pessoa, duas coisas diferentes. Aos fãs, aos amigos, aos familiares, aos colegas de profissão e também aos inimigos de última hora, digo: neste momento de turbulência, a dor de ver gente boa virando-me a cara é superada, sim, pela alegria de encontros memoráveis com pessoas de carne, de ossos e de fé”, acrescentou.

“Não há um só dia em que eu não seja parada na rua por brasileiros comovidos com o meu proceder, e só trago isso a público para mostrar que existem corações pulsantes fora da bolha das redes sociais, fora dos pasquins de fofocas que se alimentam de escândalos. Corações e mentes do mundo real. A propósito, a solidariedade desses desconhecidos supre a falta de apoio de pessoas que, me conhecendo há tempos e tendo partilhado comigo ótimos momentos, tanto na vida pessoal como na profissional, não levantam a voz em minha defesa, talvez por medo de serem mal vistas”, relatou. 

“É a vida. A vida como ela é na realidade, não como é pintada nos contos de fadas. Dei o nome a um dos meus filhos de Joaquim Maria, em homenagem a Machado de Assis, nosso escritor maior, a quem sempre procurei fazer jus com o meu trabalho de atriz. E é pensando no Bruxo do Cosme Velho que procuro ver o lado irônico, e até cômico, de toda essa situação trágica. Portanto, chamem o Simão Bacamarte!”, concluiu.