Um novo defensor da floresta amazônica está prestes a entrar em ação: o “Curupira”, um dispositivo tecnológico inovador projetado para monitorar e proteger a biodiversidade dessa região vital. Atualmente em fase de teste piloto na floresta da Universidade Estadual do Amazonas, em Manaus, o Curupira é uma iniciativa pioneira que visa utilizar tecnologia e inteligência artificial para identificar ameaças e perigos na floresta e notificar os responsáveis pelas ações necessárias.
Inspirado pelo lendário guardião da floresta da mitologia brasileira, o Curupira foi desenvolvido para reconhecer sons anômalos e atípicos, como o ruído de motosserras, que frequentemente indicam atividades prejudiciais à floresta.
Os dispositivos Curupira são interconectados, comunicando-se entre si em um raio de até um quilômetro. Uma vez que detectam qualquer sinal de ataque à floresta, os dispositivos utilizam rádio frequência para transmitir informações a um roteador, que, por sua vez, encaminha os dados para análise em um programa de computador.
A base desse projeto inovador é a inteligência artificial profunda, que treina o Curupira para distinguir entre diferentes sons e situações, identificando o que é considerado normal e o que representa risco. Na primeira fase do projeto, financiada pela iniciativa privada com um investimento de R$ 700 mil, o foco está em sons suspeitos.
No entanto, a segunda fase do projeto já está sendo planejada para expandir as capacidades do Curupira, permitindo-o identificar sinais de fumaça e vibrações. Isso ampliaria os parâmetros de alerta para incluir não apenas atividades ilegais, como desmatamento e caça furtiva, mas também incêndios florestais e outras ameaças.
A iniciativa do Curupira representa uma nova abordagem na conservação da floresta amazônica, aproveitando o poder da tecnologia para proteger um dos ecossistemas mais ricos e vitais do planeta. Ao utilizar a inteligência artificial e a interconexão dos dispositivos, o projeto promete ser uma ferramenta poderosa na luta contra atividades ilegais e destrutivas que ameaçam a biodiversidade e o equilíbrio ambiental da região.
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