O gigante de streaming Netflix registrou uma queda de 200 mil assinantes no primeiro trimestre do ano. É a primeira vez que a empresa registra um recuo no indicador em uma década. A projeção é que o número deve continuar caindo no segundo trimestre.
A empresa culpou a inflação, a guerra na Ucrânia e a competição acirrada no setor pelo resultado ruim. O cenário levou a empresa a falar pela primeira vez em incluir anúncios em seu serviço, que seriam mostrados em pacotes mais baratos.
“Aqueles que acompanham a Netflix sabem que eu tenho sido contra a complexidade da publicidade, e um grande fã da simplicidade da assinatura”, disse o CEO da companhia, Reed Hastings. “Mas, por mais que eu não seja um fã disso, eu sou mais fã da escolha do consumidor.”
Com a queda, a Netflix não alcançou a meta de 2,5 milhões de usuários totais que havia estabelecido para o período. A empresa também projeta queda de mais 2 milhões de assinantes nos próximos meses, mesmo com o lançamento de grandes hits, como novas temporadas de “Stranger Things” e “Ozark”.
“O grande número de lares dividindo contas, combinado com a competição, criou um vento contrário para as receitas. O grande boom do streaming impulsionado pela Covid obscureceu esse cenário até recentemente”, disse a Netflix.
A estimativa da empresa é que, para além dos assinantes pagantes, há mais 100 milhões de lares com acesso ao serviço via compartilhamento de contas, sendo 30 milhões apenas nos EUA e no Canadá. A última vez que a Netflix havia reportado uma perda de usuários foi em outubro de 2011. Atualmente, o serviço de streaming tem 221,6 milhões de assinantes.
As informações são do jornal Financial Times
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