O presidente Jair Bolsonaro moveu uma ação contra Jean Wyllys, na época deputado federal, por calúnia, injúria e difamação. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro julgou como improcedente. A acusação era baseada em entrevista de Wyllys ao jornal “O Povo”, em agosto de 2017, na qual ele se referiu a Bolsonaro como “responsável por lavagem de dinheiro”, “burro” e “fascista”. Ele também usou as palavras “desonesto”, “desqualificado”, “racista”, “corrupto”, “canalha”, nepotista” e “boquirroto”.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, no processo, o presidente pedia R$ 20 mil de indenização por danos morais, mas a juíza Marcia Correia Hollanda negou, alegando em sua decisão que Jean tinha imunidade parlamentar à época e que a entrevista não foi exclusivamente para atacar a conduta do então colega.
“Foi feita uma abordagem da conjuntura política nacional e da sociedade brasileira, com o viés ideológico do então deputado no exercício de seu mandato”, apontou a juíza.
JEAN WYLLYS
Jean, que era deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, desistiu do mandato e deixou o Brasil. Ele estava de férias, fora do país, e deu entrevista para a Folha de São Paulo afirmando que não pretende voltar e que vai se dedicar à carreira acadêmica. Desde março de 2018, quando aconteceu o assassinato da sua correligionária Marielle Franco, ele vive sob escolta policial. As ameaças de morte direcionadas a Jean aumentaram e o deputado tomou a decisão de abandonar a vida pública.
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