Em entrevista ao jornal O Globo, o ator Reynaldo Gianecchini revelou, neste domingo (29), que já teve romances com homens. O artista abriu o jogo sobre o assunto em uma sessão de fotos que revela o seu lado mais sexy. Aos 46 anos, falou sobre trabalho, amor, repressão e liberdade. Aliás, ele ainda declarou que “mas a sexualidade é muito mais ampla.”
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Reynaldo Gianecchini, que agora está na novela “A dona do pedaço”, da TV Globo, comenta como iniciou na vida nas telinhas. “Foram me ver numa peça e me chamaram para fazer teste para novela. Eu detestava novela naquela época. Falei, cara, não quero, eu achei que ia ficar eternamente no teatro. Mas me convenceram dizendo, é a sua cara, um menino jovem que se apaixona por uma mulher mais velha. E era a Vera Fischer, eu tinha crescido vendo a Vera Fischer, nossa, ela era uma musa pra mim.”
Já em A dona do Pedaço, o ator defende o seu personagem. Para ele, Régis não é uma cara supermau. ” Era um cafajeste, um mau caráter sedutor. Eu me inspiro no Ryan Gosling, que mesmo sendo mau é gostável”, descreve o artista. Além disso, quanto a ser o eterno galã, Gianecchini acredita que isso é um estereótipo e limitador. “Há galãs menosprezados. Encaixei nesse lugar do bonitão bambambã. Mas não sou só isso. Envelhecer está sendo interessante. Olho no espelho e falo ‘caramba, tá mudando, né?’ Tá cheio de vinquinhos mais fortes. O trabalho de ator aparece mais quando passa o frescor da beleza.”
Sexualidade
Após revelar que já se relacionou com diversos homens e mulheres, o ator reclama da forma como é cobrado. “Me cobram muito: ‘quando é que você vai sair do armário?’. Primeiro, quero falar para essas pessoas: antes de você achar tão interessante a sexualidade dos outros, dá uma olhadinha na sua. Dessa forma, ele diz que, “Já tive, sim, romances com homens e acho que é esse o momento de dizer isso. Mas nunca me senti obrigado a empunhar bandeira de homossexualidade. O desejo para mim não passa pelo gênero e nem pela idade. Demorei para falar porque isso esbarra sempre no tamanho do preconceito no Brasil. Mas agora é importante reafirmar a liberdade, por mim e por quem enfrenta repressão.”
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