Recife guarda ótimas atrações para quem vai ficar por aqui neste feriadão. Nesta sábado (16), ocorre a abertura 21º Festival Recife do Teatro Nacional, que fica em cartaz, entre os próximos dias 16 e 24 de novembro. Ao todo, serão apresentados 12 espetáculos, entre produções nacionais e locais, inéditas e cativas para o público recifense. Os ingressos serão vendidos nas bilheterias dos teatros, por R$ 20 (R$ 10 meio entrada). O evento é uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.
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Como de costume, o Festival Recife do Teatro Nacional terá o cuidado de celebrar vários gêneros da produção cênica nacional e recifense. Vai do humor ao infantil, com ênfase em textos carregados da estética e da temática fincadas no solo rachado e árido do Nordeste. Além disso, na abertura do Festival, a companhia carioca Os Ciclomáticos apresenta “Ariano – O Cavaleiro Sertanejo”. O espetáculo é aclimatado sob o sol a pino da literatura nordestina de Ariano Suassuna. Portanto, a apresentação será no Teatro Luiz Mendonça, às 20h dos dias 16 e 17.
Homenageada
O rosto, voz e talento da atriz Lúcia Machado será abrilhantada pela homenagem da edição deste ano do festival. Com diversos serviços prestados ao teatro recifense, Lúcia Machado foi integrante e uma das fundadoras, junto com Antônio Cadengue, da Companhia Teatro de Seraphim, pela qual defendeu e imortalizou dezenas de personagens. Aliás, ela também tem atuação marcada na coordenação de cursos de teatro, na gestão pública e na literatura, tendo coordenado e participado de várias publicações. Dessa forma, são elas: “A Modernidade do Teatro (Ali e Aqui) – Reflexos Estilhaçados” e “O Teatro de Aristóteles Soares – Volumes 3 e 4 – Dossiê Crítico – Informativo”, entre diversas outras empreitadas cênicas de sucesso, na teoria e na prática.
Portanto, confira a programação deste fim de semana:
(16 e 17) Ariano – O cavaleiro sertanejo: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
É uma viagem nas vivências populares tão presentes na obra de Ariano Suassuna, tais como: o cancioneiro, o sertanejo, o repente, o forró, o movimento armorial, o mamulengo, prestando assim uma homenagem à cultura popular nordestina.
(17) Opá, uma missão: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
O monólogo interpretado por Lívia Falcão traz à cena a Palhaça Zanoia, uma benzedeira antiga, que recebeu de suas antepassadas a missão de rir de si mesma nas “sete direções”.
(19) Mar de fitas nau de ilusão: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
O espetáculo usa conto, canto e dança para apresentar a trajetória estética e histórica do Grupo até os dias atuais, evocando mestres, dramaturgos, personagens, diretores, brincantes e todo mundo que contribuiu com os quarenta e dois anos de existência do grupo.
(20) A peleja de Leandro na trilha do cordel: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
O espetáculo mistura ficção e realidade para narrar a vida de um dos inventores da literatura de cordel, o poeta paraibano Leandro Gomes de Barros.
(20) Cartas: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
Unindo correspondências trocadas entre dois intelectuais brasileiros, Hermilo Borba Filho e Osman Lins, no período de 1965 a 1976, a peça retrata a tessitura poética e imagética do livro “Guerra sem Testemunhas”, assim como referências a outras obras de Osman Lins.
(21) Pá(ideia) – Pedagogia da libertação: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
A obra retrata a prisão e o interrogatório do mais notório educador de todos os tempos no Brasil, unindo os temas da educação e das filosofias pedagógicas vivenciadas na Pedagogia da Libertação criada pelo educador Paulo Freire.
(22) Apenas o fim do mundo:Teatro Luiz Mendonça, às 20h
A mais recente criação do Grupo Magiluth apresenta um homem, ausente há bastante tempo, que retorna à casa da família para dar a notícia de sua morte próxima. O reencontro se dá em um domingo, ou ainda, ao longo de quase um ano inteiro.
(22) Trilogia do feminicídio: Teatro Barreto Júnior, às 20h
Constituído por três peças, “Coisas que acontecem no Quintal”, “Triz” e “Aparecida”, o espetáculo é baseado em histórias reais de violências contra a mulher, denunciando o feminicídio e as diversas formas de violência que vitimam mulheres de diferentes contextos sociais cotidianamente.
(23) Senhor ventilador: Teatro Barreto Júnior, às 16h30
A peça infantil conta, somente com gestos, uma história sobre amizade, envelhecimento, apego e sobre o que pode e o que não pode ser descartado, num espetáculo poético e divertido.
(23) O açougueiro: Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
O Açougueiro é uma história de amor no Sertão nordestino, mostrando o lado sombrio dos sentimentos humanos. Trata-se de um monólogo recifense que aborda temas como discriminação de gênero, intolerância e feminicídio, através de nove personagens interpretados pelo ator Alexandre Guimarães.
(23 e 24) Auto da Compadecida: Teatro Santa Isabel, às 20h
O espetáculo narra as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó, que começam com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro, acabando em uma epopeia milagrosa no Sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.
(24) Ordinários: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Em algum lugar, três soldados formam um pelotão improvável. Diante da angústia da espera, esmeram-se em treinamentos, até finalmente receberem uma missão. Quanto mais avançam pelo território inimigo, ficam evidentes os segredos que um esconde do outro e o quanto são inadequados para o mundo da guerra.
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