A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou, nesta quinta-feira (19), a contraindicação ao uso de ibuprofeno no tratamento do Covid-19. A restrição ao medicamento havia sido anunciada na terça-feira (17), por, aparentemente, agravar o quadro clínico dos pacientes com a doença. Mas, após consultar médicos e pesquisas científicas, a OMS voltou atrás e retirou a restrição ao medicamento.
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“A OMS está ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (isto é, ibuprofeno) para o tratamento da febre em pessoas com Covid-19. Após uma rápida revisão da literatura [pesquisas científicas], a OMS não está ciente dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico”, afirmou a organização, em nota. “Não temos conhecimento de relatos de efeitos negativos do ibuprofeno, além dos efeitos colaterais conhecidos usuais que limitam seu uso em determinadas populações”, concluiu.
Na semana passada, uma pesquisa científica sugeriu que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença. Para o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor clínico do grupo Fleury, em São Paulo, a evidência mostrada na pesquisa não era forte o suficiente. “Existem vários outros anti-inflamatórios, antitérmicos – por exemplo, paracetamol – que têm o mesmo efeito e não têm evidência de que têm esse problema”, afirmou Granato.
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