O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi mandado para prisão domiciliar nesta quinta (26). A decisão foi da juíza federal substituta da 13ª Vara de Justiça Federal de Curitiba, Gabriela Hardt. Em trecho da decisão, a juíza justifica sua decisão citando a pandemia da Covid-19. No texto, ela refere-se ao ex-deputado como “pessoa mais vulnerável ao risco de contaminação, considerando sua idade e seu frágil estado de saúde”. Cunha completará 62 anos de idade em setembro.
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Em sua decisão, Hardt também aponta que Cunha estava internado em um hospital privado desde a semana passada. Ele precisou de uma cirurgia de urgência, que foi marcada para a última sexta (20). De acordo com o G1 Paraná, a defesa do ex-deputado anexou ao processo um relatório médico emitido nesta quarta (25). O documento informa que o cirurgião de Cunha testou positivo para a Covid-19. “Por tal razão, informou que Eduardo Consentino Cunha realizou também referido teste, cujo resultado deve sair em 48 horas, e que caso resulte negativo, deverá ser repetido em 7 dias para se certificar de que não é caso de carreador assintomático”, afirma outro trecho da decisão da juíza.
Seguindo a ordem judicial, o alvará de soltura de Eduardo Cunha será expedido quanto ele tiver alta hospitalar. Até o momento, ele estava em prisão preventiva desde outubro de 2016 pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em nota, a defesa de Cunha afirmou que “foi preciso uma pandemia e uma quase morte para se corrigir uma injustiça que perdurou anos”. “Eduardo Cunha já tem, já tempos, o devido prazo para progredir de regime, e há anos seu estado de saúde já vinha se deteriorando. Hoje, fez-se justiça”, escreveu a defesa do ex-deputado.
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