O empresário Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro, foi preso na manhã desta quarta-feira (8), em São Paulo. Ele foi alvo de operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no estado de Minas Gerais.
Segundo as investigações, quase R$ 400 milhões em impostos foram sonegados pela empresa em mais de cinco anos. Durante esse tempo, o patrimônio de Ricardo aumentou consideravelmente, conforme afirmou o delegado Vitor Abdala em reportagem do portal G1: “O investigado se apropriou indevidamente do tributo. Em contrapartida, seu patrimônio só crescendo”.
De acordo o delegado, foram apreendidos computadores, documentos e celulares. O superintendente regional da Secretaria de Fazenda em Contagem (MG), Antonio de Castro Vaz, afirmou, ainda, que a empresa omitia o recolhimento de ICMS há quase 10 anos.
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Aliás, a força-tarefa responsável pela investigação é composta pela Polícia Civil mineira, Receita Estadual e Ministério Público (MPMG). Durante a operação, também foi presa, na Grande BH, a filha de Ricardo Nunes, Laura Nunes. Além dela, há mandado de prisão, ainda, para o diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, e de busca e apreensão para Rodrigo Nunes, irmão de Ricardo.
Segundo o MPMG, a rede de varejo embutia no preço dos produtos, cobrando assim dos consumidores, o valor correspondente aos impostos. No entanto, o repasse não era efetuado pela empresa. Como a força-tarefa também identificou o crescimento do patrimônio individual de Ricardo, na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, a ação caracterizou, assim, lavagem de dinheiro.
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A Justiça determinou o sequestro de bens imóveis do empresário, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais. No entanto, as investigações apontaram, ainda, que os imóveis não estão registrados em no nome de Ricardo, mas de suas filhas, mãe e de um irmão.
A operação que culminou na prisão do fundador da Ricardo Eletro, aliás, recebeu o nome de “Direto com o Dono”, um dos slogans já utilizados pela rede varejista. Em propagandas passadas, o empresário anunciava que os clientes ao comprarem nas lojas “falariam diretamente com o dono”.
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