Os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) planejam viagens para fazer articulações para a eleição da presidência da Câmara Federal. Eles são os dois principais nomes na disputa, que também conta com duas outras candidaturas anunciadas oficialmente: Fábio Ramalho (MDB-MG) e Capitão Augusto (PL-SP).
Lira e Baleia saem na frente contando com apoios importantes. O primeiro é o candidato do presidente Jair Bolsonaro e comanda o chamado Centrão, que reúne os partidos da base aliada do governo.
A partir desta terça-feira (5), segundo o G1, Arthur Lira começará as viagens pelas capitais da região Norte. Vai primeiro a Macapá e depois a Belém. Já na quarta-feira (6), visita Boa Vista e Manaus e, na quinta (7), Rio Branco e Porto Velho.
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Nas últimas semanas, aliás, ele se reuniu tanto com o presidente Jair Bolsonaro como com a oposição ao governo federal. Mesmo sendo o candidato apoiado pelo Planalto, Lira afirma que atuará de forma independente. Diz, também, que, caso eleito, irá definir a pauta de votações consultando os partidos.
Até o momento, o bloco liderado pelo progressista conta com o PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, PROS, Patriota, PSC e Avante. Além disso, o PTB também sinalizou que irá se unir ao grupo.
Já o segundo nome com mais projeção e apoio, Baleia Rossi, é o candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, que articula pessoalmente a campanha de seu “substituto”. Apesar de não ter divulgado oficialmente a agenda de viagens, aliados dizem que ele pretende começar a rodar o país ainda nesta semana.
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Nos últimos dias, aliás, fez reuniões tanto com Rodrigo Maia como com partidos da oposição. Em seu discurso, Rossi levanta a bandeira da independência em relação ao Executivo. Defende uma agenda econômica liberal, que lhe rendeu apoio de partidos de centro-direita, e também se comprometeu a garantir o espaço de atuação da oposição no Parlamento, conseguindo, assim, apoio de legendas da esquerda.
Até o momento, o bloco liderado pelo mdbista conta com PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. Como a votação é secreta, tanto Lira com Rossi apostam nos votos dissidentes para vencer a eleição.
Correndo por fora, Capitão Augusto e Fábio Ramalho também depositam suas confianças no sigilo da votação. Augusto tenta consolidar o apoio de bancadas temáticas, como a religiosa e “bancada da bala”, sendo essa última a Frente Parlamentar da Segurança Pública, da qual é presidente.
Já Ramalho aposta na busca de votos no “varejo”, com conversas individuais durante a campanha. Segundo ele, já foram contatados 430 colegas nas últimas semanas. Também afirma que sua candidatura não é a favor nem contrária ao governo e que não acha adequado fazer viagem em campanha durante a pandemia.
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