Acontece

‘Eu não sabia o tamanho que meu filho representava’, diz Déa Lúcia

Foto: Reprodução/ Fábio Bartelt
Mãe do humorista falou dos últimos momentos com o ator

Déa Lúcia Amaral, mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, que foi vítima da Covid-19, concedeu uma entrevista para o Fantástico que foi ao ar neste domingo (9). Emocionada com a perda do filho, ela falou um pouco sobre o ocorrido e agradeço pelas mensagens e toda força que tem recebido.

“Eu quero agradecer o povo brasileiro todo esse apoio que eles me deram, de oração o tempo todo. Eu não sabia o tamanho que meu filho representava. Ele passou que nem um cometa pela vida”, diz Déa Lúcia.

Durante a entrevista, que foi conduzida por Renata Ceribelli, Déa Lúcia, que foi a inspiração para a criação de ‘Dona Hermínia’, um das maiores criações do artista, demonstrou muita força, apesar das circunstâncias.

“Eu chorei como cada mãe, e choro, e vou continuar chorando, mas essa luta vai ser minha. Eu vou lutar agora e vou falar o tempo todo. Na pandemia, cada morte de um filho, eu chorava por ser mãe sem nem saber que meu filho ia passar por isso”, falou Déa Lúcia sobre o sofrimento causado nas famílias em decorrência da pandemia da Covid.

A repórter questionou o que Paulo estaria dizendo à sua mãe no momento da entrevista e ela respondeu: “Mãe, você vai dar uma entrevista no Fantástico. Cuidado com o que você vai falar que você acaba com a minha carreira“.

A irmã do humorista, Ju Amaral, o pai Júlio Marcos e sua esposa, Penha também participaram da entrevista.

“Minha mãe é uma rocha. Eu deveria estar consolando ela, mas ela é quem faz isso 24 horas por mim”, diz Ju, emocionada sobre a força da mãe.

De acordo com Déa Lúcia, a família do ator havia sido chamada após a morte cerebral do humorista.
“Juliana em uma mãozinha dele, eu já outra, o Thales no pé, e Júlio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei Penha e falei ‘vem cá, Penha, segure aqui comigo porque você participou da vida dele”, disse Déa Lúcia.

Em seguida, os familiares cantaram a Canção de São Francisco, que Paulo Gustavo sempre pedia para sua mãe cantar desde pequeno. Eles relataram ainda que, nesse momento, a frequência cardíaca do ator foi caindo, até parar, ainda durante a oração. “E pronto. Foi uma despedida bonita”, disse Déa Lúcia.