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Em edição especial, ‘The Economist’ critica governo Bolsonaro

Foto: Divulgação
Capa da publicação traz o Cristo Redentor respirando com uma máscara de oxigênio

A revista britância “The Economist” trouxe, nesta semana, uma edição especial da publicação tendo o Brasil como foco e apresentando críticas à atual gestão do país, liderada por Jair Bolsonaro. Essa não é a primeira vez que a revista apresenta edições especiais sobre o Brasil, já que publicações similares foram divulgadas em 2009, 2013, 2016 e 2019.

Desta vez, a revista traz em sua capa uma nova imagem do Cristo Redentor, com um detalhe: o monumento está respirando com uma máscara de oxigênio. O título é bem sugestivo “A década sombria do Brasil”, trazendo apontamentos sobre erros na gestão do país e as perspectivas para o futuro.

Entre as críticas, descrevem Bolsonaro como um homem que quer “destruir as instituições, não reformá-las”, “esmagou todas as tentativas” de uma exploração sustentável da Amazônia e revelou serem “falsos” todos os votos favoráveis à renovação política. Cita ainda que, “para voltar aos trilhos, o Brasil deve lidar com velhos problemas”, como favorecimentos fiscais para a indústria e para funcionários públicos.

A publicação traz um panorama entre o Brasil dos governos de FHC e Lula e as gestões a partir de Dilma Rousseff, que fizeram com que pessoas que ascenderam à classe C passassem a viver um contexto de desemprego e queda de renda.. No que se refere ao controle da corrupção, ressalta a mal-sucedida relação de Bolsonaro com o juíz da Operação Lava-Jato, Sérgio Moro, e a dedicação do presidente em proteger os filhos de investigações criminais.

Em sua última reportagem, intitulada “Hora de ir”, o especial afirma que o futuro do país depende do resultado das eleições de 2022, destacando o apoio dos militares ao atual presidente e os riscos da não aceitação, por parte de seus apoiadores cada vez mais armados, de um resultado adverso nas urnas.

Ressalta que, os generais que se aliaram à Bolsonaro “esperavam fazer avançar a agenda do Exército” mas, “em vez disso, prejudicaram suas reputações”.

Destaca a dificuldade dos partidos de centro em encontrar um nome em comum para a disputa do pleito e afirma que o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais, “deve oferecer soluções, não ‘saudades’” dos anos em que governou o País.

Com informações do Estadão.