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Aziz dá ordem de prisão a Roberto Ferreira Dias por mentir na CPI

Foto: Andersosn Riedel/PR
Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde foi exonerado após acusação de cobrança de propina na compra de vacina contra a Covid-19

Em mais um dia de CPI da Covid, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, depôs e terminou o dia detido, após receber ordem de prisão do presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Após ser alertado sobre suas declarações à CPI, Dias se tornou o primeiro depoente a ser preso pela comissão, sob acusação de mentir. Nós queremos só a verdade. Estou lhe dando fatos que tenho conhecimento e a CPI tem conhecimento, para que Vossa Excelência possa se defender. Senão, sempre vai arrebentar a corda no mais fraco”, disse Aziz.

A atitude dividiu opiniões e, senadores como Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), se mostraram contrários à prisão. “O Pazuello mentiu, Wajngarten mentiu, todos que passaram aqui mentiram. Foi uma corporação de mentirosos, então tem que prender todos os mentirosos, não só o Roberto Dias”, disse Alencar.

A advogada do ex-diretor protestou contra a prisão, alegando ilegalidade no ato e que o cliente estava colaborando com a CPI desde a manhã.

Roberto Ferreira Dias se tornou assunto após uma reportagem da Folha de São Paulo revelar que ele estaria cobrando propina para fechar o contrato de compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Na ocasião, Dias foi acusado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que afirmou que o pedido tina sido feito durante um jantar no Brasília Shopping, no dia 25 de fevereiro. Após o escândalo vir à tona, o diretor foi exonerado do cargo em 29 de junho.

Com informações do UOL.