Faleceu, neste domingo (3), a escritora, e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lygia Fagundes da Silva Telles. Conhecida como “a dama da literatura brasileira”, a paulista tinha 98 anos. Segundo Juarez Neto, da ABL, ela faleceu em casa, de causas naturais.
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Lygia publicou seu primeiro livro de contos, de nome “Porões e sobrados”, em 1938. Ela era a quarta ocupante da Cadeira nº 16 da ABL, tendo sido eleita em outubro de 1985, na sucessão de Pedro Calmon. Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura. Aliás, a acadêmica é considerada uma das grandes referências no pós-modernismo, enquanto suas obras retratam temas como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.
Além disso, contribuiu para diversas áreas da nossa arte. É a autora, por exemplo, de “Ciranda de pedra”, obra publicada em 1954. A publicação foi adaptada para televisão em 1986, pela TV Globo, em formato de novela escrita por Janete Clair, com a colaboração de Dias Gomes. A escritora também era formada em Direito, tendo cursado a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.
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