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Paolla Oliveira detona juíza que impediu aborto em criança abusada

Foto: Reprodução/Instagram
Nas redes sociais, a atriz classificou a atitude como 'nojenta'

Paolla Oliveira foi mais uma entre os famosos que mostrou indignação contra a juíza Joana Ribeiro, que impediu o aborto de uma criança de 11 anos, que foi abusada em Santa Catarina. Nas redes sociais, a atriz classificou a atitude como ‘nojenta’.

“É muito difícil pra uma mulher ler tudo que está relacionado a esse caso. Imagine para uma menina, uma criança, estar vivendo isso. E quando eu falo em mulher, falo de ser humano, não de alguém como essa juíza que induz e coage uma criança a ter uma gravidez indesejada”, iniciou Paolla.

“Assisti ao vídeo da audiência agora pouco e estou estarrecida de revolta, de raiva e de tristeza. Não basta toda a violência sofrida por essa criança? Como essa juíza pode achar que a felicidade e dignidade de uma criança (e consequentemente de toda sua família) é menos importante que a felicidade de um casal adotante que nem existe ainda? Como alguém pode olhar no rosto de uma menina em sofrimento absoluto e não protege-la? Não acolhe-la? É nojento”, lamentou.

“Uma mãe leva sua filha para o hospital e acaba sendo separada dela. É uma sucessão de violências e humilhações absurdas. Criança não é mãe, criança não é incubadora. Estuprador não é pai, estuprador é criminoso. Que se faça a justiça que essa juíza não foi capaz e não teve interesse de fazer. Que se desfaça a violência que essa juíza cometeu”, finalizou.

Outros famosos também se pronunciaram nas redes sociais. “Criança não é mãe. Estuprador não é pai”, escreveu a atriz Taís Araújo. “A justiça existe para proteger nossas crianças. Uma menina não é mãe e nem deve ser. Por isso que há leis para protegê-la”, disse a cantora Daniela Mercury.

Entenda o caso

A juíza Joana Ribeiro Zimmer negou autorização para que uma menina de 11 anos, que mora na Grande Florianópolis, fizesse um aborto legal. A criança foi vítima de estupro e estava na 22ª semana de gestação quando o pedido para abortar foi feito. O argumento da juíza é que a legislação brasileira só permite o aborto até a 20ª semana de gravidez. Em meio a isso, a criança ficou em um abrigo público e estava impedida de retornar à casa dos pais, que são a favor de que ela faça o aborto. Contudo, foi liberada, nesta semana, para deixar a instituição e voltar para sua família.

Em nota, a juíza se defendeu: “Sobre o caso levantado pelo Portal Catarinas, a juíza Joana Ribeiro informa que não se manifestará sobre trechos da referida audiência, que foram vazados de forma criminosa. Não só por se tratar de um caso que tramita em segredo de justiça, mas, sobretudo para garantir a devida proteção integral à criança.” Diante das polêmicas, a juíza responsável pela decisão anunciou sua saída do caso nesta terça-feira (21).

Juíza Joana Ribeiro (Foto: Solon Soares/Agência ALESC)