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Casal é condenado por lançar falso alerta de terrorismo na França

Um casal foi condenado na quinta-feira (31) após lançar um falso alerta de ataque, causando caos nos arredores da estação de trens de Lille, no norte da França, no dia 19 de julho. O homem, um entregador de 30 anos com histórico criminal, recebeu uma sentença de 16 meses de prisão, com oito deles em regime fechado. Sua companheira, uma cuidadora de 27 anos, foi condenada a 12 meses de prisão suspensa. O incidente ocorreu durante o início das férias de verão na Europa, quando o casal estava a caminho de visitar o filho de quatro anos.

O casal enviou um SMS à Sociedade Nacional das Ferrovias Francesas (SNCF), alegando a presença de um “terrorista no trem da linha Paris-Lille”. Essa mensagem desencadeou uma série de eventos, incluindo a mobilização do Raid, uma unidade de elite antiterrorismo, e do GIGN, um grupamento de intervenção tática da polícia francesa. Além disso, o tráfego ferroviário foi suspenso, e duas estações em Lille foram evacuadas por quatro horas.

O homem já possuía um histórico criminal com 18 passagens pela polícia, incluindo ameaças de morte, roubo e violência doméstica. Apesar da proibição de contato entre o casal emitida pela Justiça, eles celebraram uma união estável. A parceira, no entanto, não era reincidente em crime doloso, o que contribuiu para sua sentença suspensa.

No tribunal, a mulher expressou remorso pelo incidente e pediu desculpas. Ela admitiu que agiram egoisticamente sem considerar as consequências de suas ações. A acusação destacou que o falso alerta impactou cerca de mil passageiros e causou prejuízos significativos.

A SNCF solicitou uma indenização provisória de mais de € 20 mil (cerca de R$ 107 mil), aguardando o cálculo final dos danos que podem ser solicitados pelos viajantes. Além disso, os bombeiros e a Região de Hauts-de-France pedem € 2.700 e € 2.500 euros, respectivamente, em danos.

Esse caso serve como um lembrete dos sérios impactos que ações impulsivas e irresponsáveis podem ter na segurança pública e nas operações de transporte, e como a Justiça busca responsabilizar aqueles que cometem tais atos.