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Produtos de supermercado encolhem e preços aumentam

Tornou-se frequente, nas prateleiras dos supermercados, os produtos sofrerem uma redução do seu conteúdo. A estratégia não é nova, mas ficou bem aparente desde o primeiro semestre deste ano.

Em um levantamento feito pela Horus Inteligência de Mercado, a partir de 40 milhões de notas fiscais emitidas de um supermercado online, mostra que as mercadorias chegaram a perder 18% de sua quantidade, fazendo o preço por quilo subir até 20%.

A prática não é ilegal, mas o fabricante deve informar no rótulo as alterações feitas nas mercadorias.

As empresas agem de tal forma, para escaparem dos aumentos nos custos de produção, como encarecimento das matérias-primas, mas sem repassar a elevação diretamente para o consumidor. Então, aparentemente, as empresas conseguem manter os preços mais ou menos estáveis, evitando que o consumidor troque de marca. Tal prática é chamada de reduflação.

De acordo com Anna Carolina Fercher, especialista da Horus, “Ela [reduflação] é mais frequente na indústria alimentícia e na de produtos de limpeza, e continua ao longo do tempo. O mais lógico seria o preço diminuir quando houvesse uma redução de volume ou peso de um produto”.

Anna ainda diz que a reduflação é uma tentativa de disfarçar a inflação que ocorre sobre os mais diversos produtos.