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Sandra Day O’Connor, da Suprema Corte, morre aos 93

Nesta sexta-feira, os Estados Unidos lamentam a perda de Sandra Day O’Connor, a primeira mulher a integrar a Suprema Corte do país, falecida aos 93 anos.

Nomeada pelo presidente Ronald Reagan em 1981, ela se tornou uma figura influente e foi considerada a mulher mais poderosa dos EUA na década de 1980.

Apesar das críticas iniciais sobre sua suposta falta de experiência judicial federal, O’Connor se destacou como uma juíza independente, navegando entre votos conservadores e liberais ao longo de quase 25 anos no tribunal superior.

Sua nomeação foi um marco, desafiando estereótipos de gênero em uma época em que a representação feminina era escassa em cargos de alto escalão.

Em sua renúncia em 2006, deixou um legado de imparcialidade e resiliência. Sua atuação, muitas vezes decisiva em questões cruciais, reflete uma abordagem centrada em argumentos sólidos, como ela mesma afirmou: “O poder que exerço no tribunal depende do poder dos meus argumentos, não do meu gênero”.

A triste notícia vem após anos de batalha contra a demência, que a afastou da vida pública em 2018. O’Connor deixa um vazio não apenas na Suprema Corte, mas na história das conquistas femininas nos Estados Unidos.