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Bill Gates elogia o SUS: ‘Outros países podem aprender e imitar’

Bill Gates
Foto: Getty Images/Tomaz Silva/Agência Brasil
"No Brasil, eles atuam como porta de entrada para o maior sistema de saúde público gratuito e universal do mundo, e seu impacto tem sido transformador", diz o bilionário

O bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, publicou um artigo nesta terça-feira (12) com elogios ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na publicação, o americano sugere que o restante do mundo poderia “aprender e imitar” a saúde pública do Brasil.

“Em cerca de três décadas, o Brasil reduziu a mortalidade materna em quase 60%, reduziu a mortalidade infantil de menores de cinco anos em 75% – ultrapassando em muito as tendências globais – e aumentou a esperança de vida em quase uma década. Nenhuma dessas conquistas foi acidental. Em vez disso, são o resultado de investimentos de longo prazo que o Brasil fez no seu sistema de saúde primário, com os quais outros países podem aprender e imitar”, escreveu.

“A história começa no final da década de 1980. Duas décadas sob ditadura militar transformaram o Brasil em um dos países menos equitativos do mundo. Em 1985, o país tornou-se uma democracia; alguns anos depois, criou um sistema de saúde universal”, diz o bilionário em outro trecho. “Hoje, o Brasil tem mais de 286 mil agentes que atendem quase dois terços da população – quase 160 milhões de pessoas”.

“No Brasil, eles atuam como porta de entrada para o maior sistema de saúde público gratuito e universal do mundo, e seu impacto tem sido transformador”, completou o bilionário americano.

Além do SUS, o bilionário elogiou também o Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal. O Bolsa Família “ajudou a ampliar o acesso e a utilização dos cuidados de saúde, dando às pessoas um incentivo para ingressar no sistema de saúde”, escreveu Bill Gates.

Nas redes sociais, Bill Gates disse que “nenhum país é perfeito” e acredita que “o Brasil é prova do que acontece quando um país investe estrategicamente no cuidado com os mais vulneráveis”. Segundo ele, o resultado é “abrangente e transformador”.