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Samara Felippo registra B.O por racismo contra a filha em colégio

Samara
Foto: Reprodução/Instagram
Atriz fez um desabafo na madrugada desta segunda-feira (29) sobre o caso

Samara Felippo registrou um boletim de ocorrência para denunciar o caso de racismo contra a sua filha mais velha Alicia, de 14 anos, em um colégio de alto padrão, na zona oeste de São Paulo.

Nas redes sociais, a atriz fez um desabafo na madrugada desta segunda-feira (29). “Racismo é crime e vou até o final para que seja aplicada a lei perante um crime. Precisa uma criança/adolescente preta ser humilhada para a escola enxergar que suas políticas antirracistas falharam miseravelmente?”, questionou Samara, que pediu a expulsão das alunas.

“Sim, pedi expulsão das alunas acusadas pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro”, afirmou.

As duas estudantes do 9° ano, que escreveram ofensa de cunho racial no caderno de Alicia, foram suspensas pela escola por tempo indeterminado. A instituição de ensino ressaltou ainda estar comprometida com a luta antirracista.

Caso de racismo

“Todas as páginas, de um trabalho de pesquisa, elaborado, caprichado, valendo nota, feito por ela, foram arrancadas violentamente e dentro do caderno havia a frase [racista]. O caderno já está em minhas mãos e um novo caderno já foi dado a minha filha”, relatou Samara em uma carta a um grupo de pais da escola, que o site g1 teve acesso.

A atriz, que é mãe de Alicia e Lara, fruto de seu antigo casamento com o ex-jogador de basquete Leandrinho, diz que a filha já havia sido alvo de descriminação racial na escola, mas só agora o “racismo se materializou”.

“Antes, ela queria não enxergar. Doía ver, só queria fazer parte de uma turma e era excluída de trabalhos, grupos, passeios, aceitava qualquer migalha e deboche feito pelas mesmas garotas, e seu nome sempre era jogado em fofocas, ‘disse me disse’ e culpada por atos que não cometia. Lembrando do caso do carregador que sumiu numa festa e a única acusada foi ela. [Não atribuo aqui esse caso as atuais agressora]”, disse ela ao g1.

“Eu, sinceramente, quero que as pessoas envolvidas, agressoras, né, que são meninas de 15, idade da minha filha, se reabilitem mesmo. Eu quero bem delas, eu não quero mal de ninguém. Eu só quero que não convivam no mesmo espaço, onde poderão futuramente humilhar novamente e ofender e cometer outros atos de racismo contra ela.”