- Por Bruno Albertim
Não se chega aos 20 anos de trajetória impunemente: é preciso, além de trabalho, um senso aguçado de percepção dos desejos ao redor. Há duas décadas, quando lançaram o ZEN Comida Japonesa, Eda Rocha e Renato Catel entendiam o magnetismo da então recém-descoberta cozinha nipônica na cidade. Mas que era preciso ir além: entendiam que foi sobretudo a partir do trabalho dos sushimen radicados na Califórnia nos anos 80 que a ancestral cozinha japonesa abocanhou corações e paladares nesta parte do Ocidente.
E o Zen consegue resultados que justificam plenamente seu sucesso. As filas de espera, junto com sua boa equação de peixes fresquíssimos, friturinhas, molhos agridoces e outras “atualizações” ocidentais, tornam o restaurante um estabelecimento disputadíssimo.
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Tirando partido da oferta atual de um excelente atum fresco, que normalmente iria para os mercados gringos, o peixe (pra mim, sempre, sempre, sempre o melhor deles) estrela alguns dos cinco pratos lançados para comemorar os 20 anos. De talhar a memória do paladar, por exemplo, o Tataki de atum fresquíssimo ao perfume de gengibre, ou o viciante Joy Spice Tuna, um atum enrolado ligeiramente apimentado e finalizado com ovas de peixe voador.
O Zen tem três unidades: a do Espinheiro, mais disputada, a novata do Shopping Patteo Olinda e a mais arrojada de todas: a da linda casa modernista com jardins e espelho d’água em Piedade. Além disso, as carpas são o xodó da casa, mas vale à pena ir até esta última por outro super motivo. Craque das taças, o maitrê e sommelier Herbet Teixeira nos faz entender rapidinho que comida nipo-brasileira combina muito com os vinhos que ele indica – de preços, aliás, bem justos. O rodízio com um carrossel do que a casa oferece de melhor custa R$ 79,90, em qualquer dia e horário.
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