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Novo secretário de Cultura promete diálogo com classe artística

O novo gestor sabe dos desafios que terá que enfrentar com a extinção do ministério da Cultura - Foto: Reprodução
Da área do patrimônio público, o gestor deve ter um olhar voltado para museus e prédios históricos

O novo secretário de Cultura do Estado, Gilberto Freyre Neto toma posse nesta terça-feira (1º). Em conversa com o Site Roberta Jungmann, ele contou que tem entre suas metas o diálogo com os mais diferentes segmentos da cultura. Afirmou que a transição de cargo com a ex-secretária Antonieta Trindade será tranquila, sem choques, apenas “mudando as peças e ajustando à maquina”. Os detalhes da gestão serão alinhados após a reunião com o governador Paulo Câmara, na próxima sexta-feira (4).

Aos 45 anos, Gilberto é administrador de empresas, com especialização em gestão cultural pela escola francesa AGECIF, de Paris. Possui vasta experiência na área, participou da implantação e gestão do Museu Cais do Sertão e foi coordenador de projetos especiais da Fundação Gilberto Freyre. Duas palavras serão forte em sua gestão: desconcentração e descentralização. “Não terei papel político na pasta e sim técnico. Quero levar a Secretaria de Cultura para os mais diversos locais do Estado e explorar os maior número de temas que pudermos”, explica.

O bom uso do recurso público também é um dos focos de Freyre. Sobre a sua atuação com a classe artística, sempre tema de polêmica, principalmente pelo pagamento de cachês, o novo secretário garante que o diálogo e a aproximação com a classe será ainda maior: “A classe artística é um exército. Quero ainda mais clareza e diálogo. Vale lembrar que a classe é parte da Cultura e não um todo, devemos trabalhar para atender também outras áreas”, diz.

Do campo do patrimônio, como ele se define, Gilberto diz que terá um olhar para a preservação do patrimônio público. No Governo Bolsonaro, o secretário sabe que terá enfrentar problemas na vinda de recursos federais, já que o presidente Jair Bolsonaro prometeu modificar todo o sistema de verbas para a Cultura, entre elas, no uso da Lei Rouanet, que beneficia diversos projetos e eventos do Estado. “Já me prontifiquei com o governador para ser um elo para identificar caminhos. Ir em busca de empresas públicas, bancos, parcerias públicas e outros meios em prol da Cultura. É preciso saber a proposta do Governo Federal para o setor. Mas, caminhos serão achados diante da grandeza de Pernambuco”, garante.