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Após acusação de racismo, Nike cancela venda de tênis nos EUA

Nike cancela venda do Air Max 1 Quick Strike Fourth of July - Foto: Divulgação
A versão especial do modelo Air Max continha a bandeira americana usada no final do século XVIII

A Nike cancelou a venda do modelo Air Max 1 Quick Strike Fourth of July. A versão especial continha a versão da bandeira norte-americana usada no final do século XVIII. Segundo a BBC, a bandeira – com um círculo de 13 estrelas representando as primeiras colônias dos EUA – foi criada durante a Revolução Americana e posteriormente adotada pelo Partido Nazista Americano.

Air Max 1 Quick Strike Fourth of July – Foto: Divulgação

A atitude da Nike se deu após a empresa receber queixas do ex-astro da NFL, Colin Kaepernick. O ex-jogador foi o rosto da propaganda da empresa em 2018. Kaepernick teria dito à Nike que achou a bandeira ofensiva por causa de sua conexão com a era da escravidão.

Ex-astro da NFL, Colin Kaepernick – Foto: Reprodução/Twitter

“A Nike tomou a decisão de suspender a distribuição do Air Max 1 Quick Strike Fourth of July com base na preocupação de que ele poderia, sem intenção, ofender e desvirtuar o feriado patriótico do país”, disse a marca em comunicado à CNN Business. “A Nike se orgulha de sua herança americana.”

No Twitter, Doug Ducey, governador do estado do Arizona, também mostrou descontentamento com a iniciativa da marca. “As palavras não podem expressar minha decepção com essa decisão terrível. Estou envergonhado pela Nike”.

Mais tarde, o gabinete do governador informou a retirada de uma doação de US$ 1 milhão que havia sido feita à Nike. O valor seria utilizado para a construção de uma nova fábrica na região, que deveria gerar cerca de 500 empregos. “A economia do Arizona está indo muito bem sem a Nike. Não precisamos engolir empresas que conscientemente denigram a história de nossa nação”, afirmou o político na rede social.