Frevo, samba, afoxé, coco, bregafunk, ciranda e discotecagem caboverdiana. Esses serão os ingredientes da primeira prévia carnavalesca afrofuturista do Brasil, a “Enquanto isso em Wakanda”. E ela será realizada em Olinda, no próximo dia 15 de fevereiro, a partir das 16h.
O nome da festa, é claro, é inspirado no filme “Pantera Negra”, da Marvel, que se passa no país fictício Wakanda, ambientado no continente africano. Considerada uma das obras mais representativas do universo de super-heróis, com elenco majoritariamente formado por atores negros, a história tornou-se um novo marco na cultura cinematográfica. Em 2019, inclusive, o longa conquistou o prêmio de “Melhor Elenco” no SAG Awards.
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E essa referência, muitas vezes, transpõe as telas do cinema, assim como aconteceu com a mais nova prévia do carnaval pernambucano. Durante o agito, que traz o tema “Afrofuturista”, o público poderá curtir atrações locais e internacionais. Entre elas, o músico Jorge Riba, que traz um vasto repertório composto por marchinhas, samba e ciranda, entre outros ritmos brasileiros, e Tchida Afrikanu, músico caboverdiano que fará discotecagem ao som de Kuduro e Kizomba.
O artista Orun Santana também integra a programação do evento. Ele, aliás, apresentará a performance “Pisando em Brasa”. O objetivo da festa, segundo os organizadores, é, justamente, divulgar e incentivar o orgulho étnico entre a população negra, associando-a com o desenvolvimento, a criatividade, a tecnologia, o empreendedorismo, o sucesso e a cultura.
O evento terá, inclusive, mostra culinária com a gastronomia afro-brasileira e, também, espaço para a venda de produtos de afroempreendedoras locais. Entre elas a gestora Mariane, responsável pela Ayá Moda Étnica, loja de acessórios e roupas com estampas artesanais.
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Afrofuturismo
O Afrofuturismo surgiu na década de 1960 como um movimento pluridisciplinar que estabelece o encontro entre a história e o resgate da mitologia africana com a tecnologia, a ciência e o novo inexplorado. Para tanto, utiliza a música, as artes plásticas, a moda e outros elementos culturais. Mas, apenas em 1994, o termo foi oficialmente descrito, graças ao trabalho do escritor americano Mark Dery , que trouxe a definição da estética futurista afro para um ensaio batizado “Black To The Future: ficção científica e cybercultura do século XX a serviço de uma apropriação imaginária da experiência e da identidade negra”. As informações são do portal Geledés.
Muitas artistas já se inspiraram no movimento afrofuturista para compor seus looks e videoclipes. Entre eles as musas Beyoncé e Rihanna. O próprio filme “Pantera Negra”, aliás, é um excelente exemplo do universo afrofuturista, que alia tecnologia e ancestralidade.
A prévia “Enquanto isso em Wakanda” acontece no Centro de Cultura Luiz Freire. Os ingressos estão à venda no site Sympla e custam entre R$ 10 e R$ 35. Mais informações podem ser obtidas nos telefones (81) 998107-6747 ou 99782-9782.
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