A influencer soltou a notícia para a revista norte-americana People
A influenciadora e estilista Camila Coelho revelou em entrevista à revista norte-americana People que luta contra a epilepsia. “Fui diagnosticada quando tinha 9 anos. Lembro-me claramente deste dia”, disse a brasileira, que está com 31 anos. “Eu estava brincando com uma amiga e, de repente, senti minhas mãos fechando – meus dedos, um por um”, começou.
Ela continua: “Eu disse à minha amiga ‘Minhas mãos estão se fechando!’ E ela disse ‘Pare de brincar, Camila. Não acredito em você. Então me lembro de ter desmaiado. Quando acordei, ouvi minha mãe dizendo: ‘Camila, você está bem? Apenas fale comigo. Eu queria responder, mas não consegui”, disse.
Na pré-adolescência, Camila contou que se sentia como qualquer outra criança, mas que tomava remédios todas as noites para controlar as convulsões. “Minha mãe me disse: ‘Camila, você é uma criança normal. Você vai viver sua vida normal. Não há nada que você não possa fazer’, diz ela sobre o incentivo que recebeu de sua mãe, Mary, que também sugeriu que ela mantivesse seu diagnóstico em segredo, exceto de familiares mais próximos.
“Eu me senti diferente e não aceitei. Por que tenho que tomar remédio todas as noites? Por que não posso beber? “… “Não contei à minha mãe, não contei ao meu médico. Decidi simplesmente interromper o medicamento”, revela.
Dentro de meses, Camila sofreu uma convulsão na frente de toda a escola. “Foi o dia mais terrível da minha vida”, diz ela. “Eu me senti culpada, idiota. Não é como se eu realmente eu quisesse beber ou festejar. Foi só que essa coisinha me fez sentir diferente”, afirmou.
Com a ajuda do marido, Icaro, Camila – cuja última convulsão ocorreu em 2011, depois que os médicos interromperam temporariamente sua medicação para ver se ela poderia ficar sem ela – aprendeu a priorizar sua saúde e manter o equilíbrio mesmo com a vida agitada. “Eu sei que posso confiar nele. Ele sempre quer o melhor para mim”, diz ela.
Camila Coelho e o marido – Foto: Reprodução
Camila disse ainda que espera levar conforto a outras pessoas que enfrentam problemas médicos semelhantes. “Lamento não ter compartilhado quando era jovem, porque poderia ter sido mais livre. Mas a abertura definitivamente está me ajudando, e espero que ajude outras pessoas também. Estou em um momento muito feliz”, finalizou.
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