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A entrevista que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama deu aos jornalistas Flávia Barbosa e Pedro Bial foi um um dos assuntos mais comentados nas últimas 24 horas. A conversa na íntegra foi exibida na madrugada desta terça-feira (17) no programa Conversa com Bial e replicada nesta manhã no site do jornal O Globo.
Inclusive, o diálogo ocorre em um momento extremamente estratégico para o ex-presidente. Também nesta terça, ele lança mundialmente a primeira parte do seu livro de memórias sobre o período na Casa Branca. Dessa forma, as entrevistas sobre sua vida e sua atuação enquanto líder norte-americano fazem parte da campanha de lançamento.
Aqui no Brasil, o Grupo Globo realizou a entrevista exclusiva, que abordou temas como a eleição de Joe Biden e Kamala Harris para a presidência dos EUA, o governo Bolsonaro e a pandemia do novo coronavírus.
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Durante oito anos, Obama, primeiro presidente negro do país norte-americano, esteve no posto de “homem mais poderoso do mundo”. E saiu da presidência com elevados índices de influência.
Parte dessas histórias serão contadas no livro “Uma Terra Prometida”. Com 751 páginas, a obra é publicada no Brasil pela editora Companhia das Letras.
Durante a entrevista ela destacou o que representa o lançamento da obra para ele. “Representa a educação de um jovem que decidiu entrar no serviço público e pode inspirar muitos jovens”, disse.
Na conversa, Obama também reafirmou, aliás, a importância de apoiar a atuação das mulheres na política. Nesse sentido, inclusive, ele mencionou a eleição de Kamala Harris, primeira vice-presidente mulher e negra dos EUA.
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“O trabalho de empoderar as mulheres é contínuo. Foi interessante, como presidente, observar que os países que oprimem as mulheres, que não usam os talentos das mulheres, tendem a ser os países que não se desenvolvem economicamente e que têm outros problemas. Espero que Kamala Harris seja apenas o início de um processo no qual cada vez mais mulheres no mundo sejam vistas como líderes nos níveis mais altos”, comentou.
O ex-presidente também lembrou que países que têm mulheres como líderes estão apresentando melhor desempenho no controle do coronavírus diante da pandemia. “Nós podemos observar que, no momento, os países que têm líderes mulheres, como a Nova Zelândia e a Alemanha, são os que estão lidando melhor com o coronavírus. Não acho que seja só acidente´”.
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Obama, inclusive, acredita que em breve os próprios Estados Unidos devam ter uma mulher ocupando a cadeira de presidente do país. “Estamos perto de ter uma mulher na presidência”, previu.
Na conversa, ele também comparou, aliás, as atuações de Donald Trump e Jair Bolsonaro. Analisou, assim, que ambos os presidentes possuem políticas parecidas, de negação da ciência, especialmente no tocante às mudanças climáticas e à pandemia.
“Eu não conheço o presidente do Brasil. Eu já tinha saído quando ele assumiu o cargo. Então não quero dar uma opinião sobre alguém que não conheci. Posso dizer que, com base no que vi, as políticas dele, assim como as do Donald Trump, parecem ter minimizado a ciência da mudança climática. Isso teve consequências para eles”, disse. E acrescentou: “Precisamos nos mobilizar dentro no nosso país e de forma internacional para tentar dar um fim a essa pandemia”.
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Obama afirmou, ainda, que não gostaria que o Brasil perdesse a atuação de liderança internacional. “O Brasil foi um líder no passado, seria uma pena se parasse de ser. Minha esperança é que, com a nova administração de Biden, há uma oportunidade de redefinir essa relação. Sei que ele vai enfatizar que a mudança climática é real, que Estados Unidos e Brasil têm um papel de liderança a desempenhar”.
O ex-presidente dos EUA concedeu a entrevista exclusiva no domingo (15), direto de um hotel em Washington, por videoconferência. Em suas redes sociais, aliás, Pedro Bial compartilhou alguns trechos interessantes da conversa.
Um deles, aliás, foi o momento em que Barack Obama relembrou sua visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele estava acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas, Malia e Natasha. “As meninas ficaram muito impressionadas. Elas disseram: ‘posso rezar?’. Eu disse: ‘sim’. Parte da minha oração era para que minhas filhas soubessem o quanto as amo”, recordou. (Veja o momento no vídeo abaixo)
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A jornalista de O Globo, aliás, também não escondeu o orgulho de entrevista o ex-presidente. “Foi uma entrevista ótima, como Obama mesmo disse, e com gosto especial para mim, que cobri boa parte de seu segundo mandato quando fui correspondente em Washington, DC”, comentou Flávia em seu Instagram.
Inclusive, o post recebeu comentários de jornalistas da Globo News que elogiaram a entrevista. Entre eles, aliás, estão Flávia Oliveira e Natuza Nery. “Você foi maravilhosa! Melhores perguntas!”, disse Flávia.
Natuza, por sua vez, também acrescentou: “A entrevista da vida! Nesta você arrebentou a boca do balão! Orgulho define”.
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