Cientistas britânicos testam uma nova droga que poderia impedir quem pegou o coronavírus de desenvolver a Covid-19. O remédio, conhecido como AZD7442, é produzido pela farmacêutica AstraZeneca. O laboratório, aliás, é responsável por uma das vacinas contra Covid em fase mais avançada. É esperado que o medicamento esteja disponível no primeiro semestre de 2021.
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O medicamento envolveria uma combinação de anticorpos de longa ação desenvolvidos em laboratório. Dessa forma, seria capaz de prover imunidade instantânea contra a doença. O remédio poderia ser ministrado como tratamento emergencial para conter surtos da doença em hospitais e asilos, por exemplo. Além disso, seria uma forma de conter o número de mortes e complicações causadas pela Covid-19 enquanto não há vacinas para imunizar toda a população.
Além da AstraZeneca, também estão envolvidos no projeto os UCLH (Hospitais da Universidade College Londres, em tradução livre). Os documentos sobre o ensaio clínico enviado aos EUA, diz o jornal The Guardian, mostram que é investigada “a eficácia do AZD7442 para profilaxia pós-exposição da covid-19 em adultos”. Esse tratamento impede que o vírus se acople às células humanas.
“A proteína da espora do Sars-CoV-2 contém o RBD (domínio de receptor-obrigatório) do vírus, que possibilita ao vírus unir-se aos receptores em células humanas. Mirando a essa região da proteína da espora do vírus, anticorpos podem impedir o vírus de se acoplar em células humanas, e assim poderia bloquear a infecção”, detalha o documento.
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