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América do Norte registra onda de calor intensa, com recordes

Foto: Jennifer Gauthier/Reuters
Em Lytton, no Canadá Ocidental, foram registrados 47,9° C, recorde histórico do país

A América do Norte tem sofrido com uma onda de calor histórica, com temperaturas beirando os 50° C. A causa disso é um fenômeno chamado “cúpula de calor”, que é quando a alta pressão prende o ar quente numa região.

O calor histórico fez com que escolas e clínicas de imunização fechassem e equipes americanas de atletismo adiassem a última prova antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

No estado de Washington, a cidade de Seattle registrou 41,6° C, e o Mercado de Agricultores de Ballard precisou fechar pela primeira vez por causa do calor. Já em Portland, o aeroporto da cidade marcava 46,1° C ao meio-dia desta segunda-feira (28), mesmo os locais sendo conhecidos pelo clima frio e úmido.

Seattle costuma registrar temperaturas na casa dos 19 graus no mês de junho. A temperatura atingiu o nível mais alto desde 1940, quando começaram as medições.

O verão no hemisfério norte teve início no último dia 20 de junho e o calor extremo somado à uma seca intensa no oeste americano resultou no surgimento de vários incêndios no fim de semana. Cerca de 600 hectares foram queimados na fronteira do Oregon com a Califórnia, obrigando a evacuação de moradores e o fechamento de uma rodovia estadual.

No entanto, o recorde ficou com a cidade de Lytton, localizada na Colúmbia Britânica, no Canadá Ocidental. Na segunda, foram registrados 47,9° C, o maior do país, fazendo com que ventiladores e aparelhos de ar condicionado se esgotassem e centros de refrigeração fossem abertos.

O Environnement Canada emitiu alertas sobre as altas temperaturas para a Colúmbia Britânica, Alberta e partes de Saskatchewan, Manitoba, Yukon e os Territórios do Noroeste. “Uma prolongada, perigosa e histórica onda de calor persistirá durante esta semana”, adverte.

De acordo com peritos meteorológicos do Washington Post, a intensidade desta “cúpula térmica” é “tão rara estatisticamente que só poderia ser esperada uma vez a cada vários milhares de anos em média”. Ressaltaram ainda que as mudanças climáticas provocadas pelo homem tornam mais prováveis acontecimentos como este.

Com informações do Estadão.