Acontece

Caos na pista de Noronha afeta turismo e até cancela casamentos

Noronha
Rosania e Felipe têm casamento adiado em Noronha (Foto: Reprodução)
Há mais de dois meses que pista do aeroporto não recebe aviões com motores a reação, os turbojatos

Do sonho ao desespero! Fernando de Noronha, um dos pontos turísticos mais desejados do Brasil, já sofre há mais de dois meses com a pista que não recebe aviões com motores a reação, os turbojatos. Alguns passageiros estão sendo obrigados a cancelar casamentos feitos na ilha, como é o caso da analista administrativa, Rosania Vargas, e do publicitário, Felipe Demarco.

Leia Mais

Anac proíbe pousos de aeronaves a jato no Aeroporto de Noronha

Moradores do Rio de Janeiro, eles viram o sonho de celebrar o casamento em Fernando de Noronha ser adiado. “Eu posso ter que esperar até um ano para me casar de novo”, diz a noiva. A história do casal tem atraído mensagens tanto de ataque quanto de carinho.

Noronha
Rosania e Felipe (Foto: Reprodução)

“Algumas são muito maravilhosas e trazem relatos parecidos, mas também estou recebendo ódio gratuito, mensagens ironizando a nossa dor”, conta a noiva, que já tinha tudo contratado para a cerimônia, marcada para 29 de outubro com 44 convidados, entre eles parentes e amigos de diferentes regiões do Brasil e até da Noruega.

Os noivos souberam da decisão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de proibir turbojatos até que sejam realizados ajustes na pista do aeroporto por meio do cerimonialista da festa. Depois, começaram a chegar e-mails da Gol informando o cancelamento dos voos. Como nas mensagens não havia opção de remarcação, apenas reembolso ou crédito para outro destino, eles começaram a buscar alternativas para manter o evento.

NoronhaRosania relata que tentou os canais de atendimento da empresa e, como não conseguiu avançar na resolução, passou a comentar em postagens da Gol nas redes sociais. No dia último dia 17, ela afirma que uma funcionária entrou em contato informando que eles tentariam realocar o grupo em voos da Azul, que continua operando em Fernando de Noronha através de aviões turboélice, e que estavam trabalhando para que tudo fosse resolvido.

“Ficamos aguardando o contato. Enquanto isso, os fornecedores ficavam nos pressionando, querendo saber se podiam comprar as flores, finalizar a encomenda de bem-casados… Mandei e-mails pedindo uma luz sobre o que estava acontecendo e na quinta, dia 20, eles ligaram. Disseram que na sexta teríamos as passagens remarcadas, para ficarmos tranquilos que o casamento ia acontecer. Comecei a acionar os convidados, perguntar a disponibilidade de cada um para adiantar a viagem ou mudar a data de retorno e deixei tudo compilado, esperando retornarem para resolvermos os localizadores de cada um”, conta.

Noronha
Turistas presos no arquipélago de Noronha (Foto: Divulgação)