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Repórter de afiliada da Record é agredido por bolsonaristas

Yuri Macri, repórter da Record TV Rio Preto, foi agredido por bolsonaristas durante um bloqueio na rodovia Washington Luís, em Mirassol, no interior de São Paulo. O jornalista acabou sendo cercado pelos manifestantes quando estava ao vivo na Record News para dar as atualizações de um acidente de carro, nesta última quarta-feira (2).

O jornalista não conseguiu dar a notícia pois foi interrompido por gritos dos manifestantes e precisou chamar o âncora Rafael Algarte. “Vou precisar voltar com você aí, Rafa, porque o pessoal aqui acaba atrapalhando um pouco nosso trabalho”, lamentou. A câmera chegou a mostrar o momento em que um grupo de pessoas cerca Macri, enquanto protestavam contra a transmissão da imprensa.

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“As pessoas precisam respeitar o que está acontecendo lá, é o trabalho de um repórter. A imprensa está lá para mostrar exatamente o que acontece, e quem está manifestando não vai atacar profissional, trabalhador. É impossível mostrar a situação lá neste momento. Não é assim, as coisas não são desta forma. Não é atacando a imprensa, repórter ou trabalhador que vai resolver a situação. Tem que ser respeitado”, disse o âncora.

Yuri conseguiu voltar ao vivo depois para dar novas informações, mas relatou em seus Stories do Instagram que, durante o tempo em que não estava no ar levou chutes, pontapés, e teve a roupa molhada com água pelos bolsonaristas. “Na sequência disso, juntaram umas 20 ou 30 pessoas. Eles tentavam tapar a lente da câmera. Ali, foi como se estivéssemos no meio de uma roda e todo mundo chutando e dando soco. Pensei: ‘se eu cair eu morro’. Foi uma situação muito difícil”, desabafou.

“Entrei falando por telefone o que a gente tinha vivido, mas me vi perto da morte, mesmo. Nunca vi tanta gente louca e agressiva na minha vida”, completou.

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