À mesa

Vinhos catarinenses da uva Goethe chegam ao Recife

Vinho da Casa Del Nonno - Foto: Divulgação

Os últimos vinte anos representam uma verdadeira revolução (nem) tão silenciosa na produção vitivinícola brasileira, quando os rótulos nacionais começaram a disputar lugar em pé de igualdade com importantes mercados mundiais.

Com investimento profissional sem pressa de resultados a curto prazo, a Serra Catarinense firma-se agora como a mais nova fronteira interna do panorama vínico. No chamado Vale do Rio Peixe, o clima úmido e os verões frescos que já garantem mais de 80 % da produção do Estado se mostraram ideais para uma variedade pouquíssimo conhecida no resto do Brasil e que estabeleceu ali a mais nova Indicação de Procedência (IP) do País. É de lá que saem os fresquíssimos vinhos feitos com a uva Goethe, uma variedade a ser descoberta.

Recentemente, o enólogo catarinense Mateus esteve no Recife num evento de apresentação dos vinhos da vinícola familiar Casa Del Nonno, criada pela família Damian, uma das pioneiras da região. Em pequenos lotes, por iniciativa do comerciante João Skaff.

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Um dos carros chefes da vinícola, o Casa Del Nonno Nobile Varietal Goethe tem toques de frutas mais cítricas e também mais adocicadas, como damasco. O que confirma a boa tipicidade desta variedade na região. Híbrida de vitis vinífera e vítis lambrusca, a uva Goethe foi desenvolvida nos EUA e começou a migrar para o mundo no final do século 19, resultado em vinhos macios e igualmente minerais. Um vinho equilibrado, fresco, alegre.

A vinícola também possui, em seu portfólio, um espumante feito pelo método champenoise, de 12 meses de contato com as leveduras em garrafa, 100 % feito com uvas Goethe. Um espumante de boa acidez, fresco, fino, de boa perlage e toques frutados como pêssego ou damasco, florais e toques característicos da fermentação neste método, como brioche.

Embora sediada no Vale da Goethe, a vinícola também tem tintos redondos no portfólio. Com uvas trazidas em igual proporção da Serra Gaúcha e da vizinha Serra Catarinense, o varietal merlot é pleno de aromas de fruta vermelhas madura com uma estrutura de paladar bem aveludada. Ainda não disponíveis no varejo de massa, os vinhos custam em média R$ 7º por garrafa e podem ser solicitados diretamente ao distribuidor João Skaff.

*Por Bruno Albertim

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