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Mercenários de Prigozhin desafiam liderança militar e vão à Moscou

Na manhã desta sexta-feira(23), uma crise política e militar abalou a Rússia, com o fundador e comandante do infame Grupo Wagner, Ievguêni Prigozhin, acusando publicamente o ministro da Defesa, Serguei Choigu, de enganar o presidente Vladimir Putin e a população russa.

O país enfrenta agora uma situação de tensão, à medida que os mercenários de Prigozhin tentam avançar em direção a Moscou.

A crise teve origem nas tensões entre Prigozhin e os chefes militares encarregados da guerra na Ucrânia. Prigozhin, que recrutou milhares de mercenários para o Grupo Wagner, entrou em conflito aberto com os líderes militares, alegando falta de equipamentos e munição para suas tropas.

O comandante acusa especificamente os chefes militares de sabotar suas operações e expõe as falhas e fraturas nas forças armadas russas na Ucrânia.

Embora a situação ainda não seja considerada um golpe de Estado, a incursão dos mercenários de Wagner na cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, levantou preocupações sobre o desafio direto à liderança militar do país.

Prigozhin afirma ter assumido o controle das instalações militares da cidade e conta com uma força de aproximadamente 25 mil homens.

O presidente Putin reagiu aos acontecimentos, descrevendo a situação como difícil, mas prometendo fazer tudo o que for necessário para defender a Rússia.

A região de Moscou foi colocada em alerta, sob um “regime de operação antiterrorista”, e grandes eventos foram cancelados como medida de precaução.

Prigozhin, que outrora era um aliado próximo de Putin, acusa o alto escalão militar de sabotar suas operações e denuncia publicamente a justificativa da guerra na Ucrânia como uma mentira para promover interesses pessoais. As acusações de Prigozhin, no entanto, ainda não foram respaldadas por provas concretas.

Enquanto a crise se desenrola, a incursão dos mercenários de Wagner em direção a Moscou levanta preocupações sobre a estabilidade política e a autoridade do presidente Putin.

A situação exige uma resposta decisiva e coordenada das autoridades russas para evitar uma escalada ainda maior da crise.

Neste momento, resta aguardar os desdobramentos e as ações que serão tomadas tanto pelo governo quanto pelos líderes militares para resolver a crise e manter a estabilidade no país.