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Lula demite presidente da Caixa e Carlos Fernandes assume

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), tomou uma decisão importante na quarta-feira (25) ao demitir a economista Maria Rita Serrano do cargo de presidente da Caixa Econômica Federal. A notícia foi comunicada a Rita em uma reunião no Palácio do Planalto durante a manhã.

Rita Serrano, que era funcionária de carreira da Caixa desde 1989, ocupava a presidência da instituição desde janeiro deste ano, tendo antes atuado no Conselho de Administração do banco.

O novo presidente da Caixa será o economista Carlos Vieira Fernandes, também servidor da Caixa e com experiência em cargos de confiança em ministérios de partidos do Centrão em anos anteriores.

A troca de comando na Caixa já era assunto de discussão entre interlocutores há algum tempo. A presidência do banco era cobiçada por partidos do Centrão em troca de apoio ao governo de Lula no Congresso, um movimento que visa ampliar a base parlamentar do Palácio do Planalto.

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, já havia anunciado que a direção da Caixa estava em negociação como parte desse acordo.

O Centrão é um bloco de partidos que historicamente oferece apoio ao governo federal em troca de cargos e recursos do orçamento público. A substituição na presidência da Caixa faz parte do desejo dessas siglas, que também buscam indicar substitutos para as vice-presidências da instituição.

A nomeação de Carlos Vieira Fernandes, que foi diretor da Funcef (fundo de pensão da Caixa) de 2016 a 2019, e já ocupou cargos na própria Caixa Econômica Federal, reflete o compromisso de Lula com essa estratégia de apoio político e busca de apoio no Congresso.

Lula e Arthur Lira devem se reunir nos próximos dias para finalizar as substituições e definir o novo quadro de liderança na Caixa. Essa mudança de liderança ocorre num contexto em que diversos órgãos públicos, como Correios e Funasa, estão sendo reivindicados por partidos do Centrão desde julho.

Essa decisão de Lula sinaliza uma reorganização estratégica do governo, com o intuito de fortalecer a coalizão de apoio e a governabilidade.