Um padre ortodoxo grego foi baleado e ferido neste sábado (31) em uma igreja no centro de Lyon, cidade ao sul da França. O autor dos disparos fugiu na sequência, afirmou a polícia e uma testemunha. O clérigo foi baleado duas vezes por volta das 16h (12h, horário de Brasília) ao fechar a igreja. Ele recebeu tratamento no local, ainda consciente, mas seu estado é grave. A polícia isolou imediatamente a área. O crime, aliás, ocorre dois dias após um atentado terrorista que deixou três mortos, entre eles uma brasileira, na Basílica de Notre-Dame, em Nice.
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O governo francês, que havia aumentado o alerta antiterrorismo, divulgou um comunicado de “evento grave de segurança”, mas não há informações sobre a motivação do ataque deste sábado (31). Além disso, O presidente Emmanuel Macron enviou milhares de soldados para proteger lugares como locais de culto e escolas, e ministros do governo alertaram que outros ataques extremistas poderiam acontecer.
🔴 #ALERTE | Un événement est en cours à proximité du secteur Jean-Macé, dans le 7ème arrondissement à #Lyon.
Les forces de sécurité et de secours sont sur place. Un périmètre de sécurité a été installé.
⚠️ Évitez le secteur et suivez les consignes des autorités. pic.twitter.com/ZZxeTADcAF— Ministère de l'Intérieur – Alerte (@Beauvau_Alerte) October 31, 2020
Segundo jornalistas que cobrem o caso em Lyon, terceira maior cidade da França, o agressor estava sozinho, deu dois tiros com uma espingarda de cano serrado e fugiu. Ele foi descrito à emissora Franceinfo como “um indivíduo do tipo mediterrâneo, com cerca de 1,90, vestido com uma longa gabardina preta e usando um boné preto”. Além disso, segundo a imprensa local, o padre afirmou que não o conhecia.
Lyon é uma cidade com grande número de imigrantes de outros países da Europa, como Itália, Espanha e Portugal, e do Norte da África. Líderes religiosos vinham expressando preocupação com o aumento de intolerância e racismo na cidade, antes conhecida como exemplo de convivência pacífica entre diversos credos. Houve incêndios criminosos em locais de culto muçulmano, pixações antissemitas e ataques a livrarias e templos cristãos de diferentes denominações. Aliás, no começo de setembro, nove líderes (muçulmanos, judaicos, católicos e protestantes) assinaram artigo pedindo o fim das agressões e a volta da união, no jornal regional Le Progés.
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