Nelson Teich surpreendeu a todos, na tarde desta sexta-feira (15), ao pedir demissão do Ministério da Saúde. Menos de um mês à frente da pasta, o oncologista sofreu alguns desgastes diante do presidente Jair Bolsonaro. Aliás, o Chefe do Executivo Nacional, em mais de uma vez, descredibilizou falas do, agora, ex-ministro. Uma coletiva de imprensa está marcada para a tarde desta sexta-feira (15) para esclarecer a exoneração.
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Nos últimos dias, Nelson Teich se encontrava em uma “sinuca de bico” diante do presidente Bolsonaro. Isso porque o até então ministro também se mostrou muito técnico, tal qual era Luiz Henrique Mandetta. Teich se mostrou defensor do isolamento social e, aliás, chegou a afirmar que o lockdown poderia ser uma solução para algumas regiões do Brasil. Isso vai na via contrária ao pensamento defendido publicamente por Jair Bolsonaro. O até então ministro chegou a ser surpreendido, em uma coletiva de imprensa, com um decreto do presidente em classificar academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais, o que possibilitaria o funcionamento desses estabelecimentos durante a pandemia.
Além disso, nesta semana, Teich foi descredibilizado publicamente pelo presidente sobre o assunto do uso da cloroquina. O oncologista afirmou que o medicamento não deve ser usado de forma descabida para o tratamento da Covid-1. Devido aos vários efeitos colaterais, o remédio, segundo o atual ex-ministro, só deve ser ministrado para pacientes com o aconselhamento de um médico especializado. Diante do posicionamento de Nelson Teich, Jair Bolsonaro foi duro em afirmar que o uso do medicamento deveria ser defendido pelo ministro e, aliás, cobrou sintonia entre seu pensamento e o de Teich. O médico chegou a ser convocado, no início desta semana, para uma reunião com o presidente no Planalto para tratar dos assuntos.
Diante da demissão de Teich, muito se fala sobre quem poderia ser o substituto no comando do Ministério da Saúde. O nome mais cotado para assumir a pasta é o atual número 2 no ministério, o general de divisão Eduardo Pazuello. Aliás, segundo a colunista Carla Araújo, o nome do militar conta com forte apoio dos generais que ocupam ministérios no Palácio do Planalto, incluindo militares no próprio Ministério da Saúde.
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