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Projeto #Cuidar: o poder da yoga para ajudar no dia a dia

Assim como eu, acredito que muitos se perguntam: para que servem aquelas posições do yoga, que parecem mais um espetáculo de contorcionismo? Pois bem! As formas que o corpo tomam têm finalidades. Mas, será que um dia conseguirei ficar de “cabeça para baixo” (sendo bem coloquial na expressão para descrever aquela posição clássica) com tanta plasticidade, alinhamento e equilíbrio?

Sim, você consegue praticando, pois é a mente que dita as regras, e o corpo sendo um excelente súdito, obedece. O #CUIDAR, da jornalista @karina_maux, escutou duas mulheres praticantes do yoga, uma delas é professora e tem no seu currículo 14 anos de experiência. Elas falam dos benefícios e dessas tais posições que, aparentemente, são bem difíceis de serem executadas.

Segundo a professora de yoga e dona do Studium Yoga Recife, Adriana Viana, as posturas psicofísicas auxiliam na diminuição do estresse, ansiedade, dores no corpo e na coluna, além de melhorar o equilíbrio e promover a sensação de bem-estar e disposição.

“O ásana (postura), se realizado de forma correta com o acompanhamento do professor, o praticante pode melhorar a circulação, respiração, atenção e memória. Mais do que uma postura esteticamente bonita, é um exercício completo para a saúde física e mental”, afirma e acrescenta: “As posturas invertidas como o sirsasana contribuem para o fortalecimento muscular, estabilização da coluna lombar, aumento da flexibilidade e melhorias no equilíbrio mental e emocional”.

Para os adeptos, a prática indiana milenar é uma filosofia de vida. “Yoga é um estilo de vida cujo objetivo é te conduzir a um estado de paz e quietude, colocando você em contato consigo mesmo. Por isso, é comum escutar dos praticantes que o yoga leva a um estado de harmonia, paz e serenidade com o nosso dia a dia cada vez mais insano”, ressalta.

Praticante há 14 anos do yoga, Adriana buscou auxílio no método quando estava passando por uma crise de ansiedade. “O yoga para mim é mais que uma prática, é uma filosofia de vida. Pesquisei muito sobre a prática e achei incrível. Os pranayamas (técnicas de respiração), ásanas (posturas) e sarvasana (relaxamento), meditação, mudras e mantras me fizeram transbordar de amor por esse caminho”, relata.

“Pratico seis vezes por semana. Minha mente não tem mais espaço para crises de ansiedades ou estresse. Aprendo todos os dias a lidar com os altos e baixos que a vida tem. Quando estendo o meu tapete e início minha prática pessoal lembro que, o verdadeiro yoga inicia fora do mat (tapete)”, reflete.

“Dois motivos me levaram a procurar o yoga: falta de flexibilidade e ansiedade”, assim a Miss Pernambuco 2010, Luzielle Vasconcelos, iniciou a nossa conversa. Ela, como a grande maioria dos praticantes, encontrou no método a sua quietude. “Para quem está fazendo é uma paz que fica”.

Luzielle, que é aluna da professora Adriana Viana há dois anos, confessa que nunca foi adepta aos treinos. “Durante toda minha vida, sempre fui sedentária, o máximo que fazia era uma atividade física irregular, nunca fui assídua nos treinos”, confessa. Foi na yoga que encontrou o estímulo para movimentar-se com regularidade.

“Comecei a sentir que meu corpo precisava de algo, tinha dores na coluna e muito encurtamento nos músculos, talvez pela minha altura (1.78). Além disso, já enxergava o yoga como um grande benefício para melhorar a qualidade de vida e controle de pensamentos e emoções, foi então que procurei um centro especializado e uma profissional para me ajudar”.

“Antes da quarentena, praticava três vezes por semana, com aula instruída pela minha professora. Acho muito importante que todo iniciante procure a ajuda de um profissional capacitado. Nesses dias de isolamento, tenho tentado manter a mesma prática, e, às vezes, até consigo fazer mais. Faço também funcional, mas fico sempre atenta ao meu corpo, aos sinais que ele apresenta, para não forçar meus limites, pois ambas as práticas que faço exigem bastante movimento”.

Cada prática tem a sua metodologia. Algumas mais físicas, outras mais meditativas. Qualquer pessoa pode praticar, desde jovens a idosos, pois é possível adaptar as posturas caso o aluno tenha limitações. “A evolução acontece aos poucos, mas o mínimo que seja já é uma grande conquista”, encoraja.