Política

Rodrigo Maia conclama poderes à harmonia em 1º discurso após vídeo

Rodrigo Maia se pronunciou pela primeira vez após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, cujo conteúdo reverberou negativamente na relação entre Executivo e Judiciário. (Foto: Maryanna Oliveira /Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara fez referências claras ao conteúdo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril

O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fez, nesta terça (26), seu primeiro discurso após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. No pronunciamento, Maia ressaltou a importância do isolamento, se solidarizou com as famílias das vítimas da Covid-19 e honrou os profissionais de saúde. “Quem derruba a economia é o vírus. O distanciamento momentâneo entre as pessoas salva vidas”, disse o deputado.

Os representantes dos três poderes: Dias Toffoli, Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Leia mais

Segundo pesquisa, maioria dos profissionais de saúde teme Covid-19

Mas o ponto central da declaração de Maia foi conclamar os três poderes à harmonia e ao diálogo, pedindo a “pacificação dos espíritos” em nome da democracia. “Estendemos as mãos ao presidente da República com o compromisso de sermos ágeis e responsáveis nas pautas de enfrentamento à crise. Reafirmamos a necessidade de respeito à Constituição e ao Poder Judiciário, como bem dito, mesmo em decisões que nos contrariam.”

Braga Netto, Bolsonaro, Mourão e Sergio Moro na reunião ministerial de 22 de abril. (Foto: Reprodução)

Vale lembrar, inclusive, que na reunião ministerial de 22 de abril houve sérios ataques à integridade do STF. No mesmo dia da divulgação, aliás, o general Heleno repudiou o encaminhamento à PGR, feito pelo ministro Celso de Mello, de um pedido de apreensão do celular de Bolsonaro. Esses dois acontececimentos abalaram fortemente a relação entre Executivo e Judiciário.

Maia, assim como o novo presidente do TSE, fez uma referência direta à defesa que Bolsonaro fez do acesso ampliado de armas para a população. “As únicas armas que nós devemos portar são a fé no trabalho e a crença na Justiça de nosso regramento institucional”, disse o presidente da Câmara.

Adicionar comentário

Clique aqui para comentar