Um grupo de artistas, políticos, intelectuais, cientistas, organizações, empresas e pessoas de diferentes setores da sociedade se uniu em “defesa da vida, da liberdade e da democracia”. O movimento Estamos Juntos, foi divulgado neste sábado (30) em diversos jornais. Aliás, o documento já conta com mais de 6 mil assinaturas de personalidades de diversas ideologias. O manifesto exige que autoridades e lideranças políticas exerçam seu papel diante da crise sanitária, política e econômica que atravessa o país. Além disso, o texto foi publicado no site criado pelo movimento.
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A ideia do movimento surgiu após um grupo de autoras e atrizes do Rio de Janeiro, encabeçado pela roteirista Carolina Kotscho, se unirem para fazer uma nota de repúdio às declarações da então secretária nacional de Cultura, Regina Duarte. Em entrevista à “CNN Brasil”, a atriz minimizou os casos de tortura e as mortes causadas pela ditadura militar no país. O movimento cresceu e ganhou aderência de diversos setores.
O escritor e colunista Antonio Prata, um dos organizadores do movimento, explica que a intenção do movimento e do manifesto é unir personalidade, políticos e cidadãos de diferentes setores da sociedade e matizes ideológicos em defesa das instituições e contra um golpe contra a democracia.
“Temos Freixo, Fernando Henrique Cardoso, Boulos e Armínio Fraga no mesmo movimento. A intenção é barrar a ideia de um golpe. Eduardo Bolsonaro disse que não é uma questão de se, mas de quando. Bolsonaro passou a vida defendendo a ditadura e um golpe. Precisamos voltar a discordar dentro do rinque que é a democracia “, contou Prata.
A lista inicial conta com nomes que vão desde o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) ao cantor Lobão. Além disso, o manifesto reúne personalidades como o apresentador e empreendedor Luciano Huck, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a economista Elena Landau, o ex-ministro da Educação Renato Janine, o advogado criminalista Antonio Cláudio Mariz e o escritor Antonio Prata.
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De acordo com o manifesto, “como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia”.
“A esquerda vem falando muito só a esquerda. A ideia é ter um manifestado de frente ampla. 70% da população rejeita Bolsonaro. Há um discurso que é muito conveniente para o Bolsonarismo de que existe uma luta entre o bolsonarismo e a corrupção petista. De que só existem esses dois polos na sociedade. Se você não está com Bolsonaro, você é favor da corrupção. Não é verdade”, explicou Prata. Ele, aliás, adianta que há outras inúmeras ações sendo pensadas. “Vamos fazer um festival de música – uma espécia de Virada Democrática – em transmissão online para dar visibilidade e aglutinar ainda mais pessoas para essa luta”, completou.
O movimento pede a união dos setores democráticos da sociedade, apesar das ideias diferentes. “Queremos combater o ódio e a apatia com afeto, informação, união e esperança. Vamos juntos sonhar e fazer um Brasil que nos traga de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiro”, diz o manifesto.
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