“A finitude pode chegar para mim mais rápido”, diz Preta Gil

Em entrevista à revista Marie Claire, Preta Gil deixou que seus mais profundos sentimentos saíssem em relação ao atual momento de sua vida. A cantora diagnosticada em janeiro com um câncer colorretal, teve de lidar com inúmeras coisas, desde o divórcio de seu casamento de oito anos, até ser acometida por uma septicemia e perder a consciência por quatro horas.

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Tais episódios fizeram Preta olhar para a sua vida com outros olhos. “O câncer tem essa característica física, de você precisar parar para se tratar. Hoje estou bem, e ainda assim agora eu estou conversando com você e sentindo várias sequelas da radioterapia, que não são poucas, mas elas não me paralisam. Intelectualmente estou funcionando muito bem”.

Preta que inicialmente estava se tratando no Rio de Janeiro, teve que rever seus planos e prosseguir em São Paulo após a sepse.  “Fui convencida pela minha família a mudar meu tratamento para São Paulo para buscar um direcionamento mais específico. Cheguei aqui e me apresentaram outra realidade. A escolha do cirurgião foi decisiva também. Então vou seguir a radioterapia até a cirurgia, e depois entender o desdobramento, porque tudo pode acontecer, inclusive ter que voltar à quimioterapia. Depois da septicemia, tivemos uma conversa tão verdadeira, tão bonita, que eu realmente comecei a ver a morte de outro jeito. É uma realidade que a finitude pode chegar para mim mais rápido. Sempre tive muito medo de morrer, hoje não tenho mais. No fundo, porque sei que a morte não vai chegar agora. Mas estou preparada”, explica.