Três dias após a Justiça espanhola anular a condenação de Daniel Alves por estupro, a modelo Joana Sanz surpreendeu ao revelar que está à espera do primeiro filho. A notícia foi compartilhada na manhã desta segunda-feira (31/3), através de um vídeo publicado em suas redes sociais, sem mencionar o marido.
Segundo a modelo, o desejo de ser mãe surgiu há cinco anos. Durante esse período, Joana passou por duas fertilizações in vitro, sofreu três abortos espontâneos, enfrentou uma cirurgia nas trompas e recebeu o diagnóstico de endometriose, condição que pode dificultar a gravidez.
No registro, Joana celebra o teste positivo e divide com seus seguidores a emoção ao ouvir pela primeira vez os batimentos cardíacos do bebê durante uma ultrassonografia. Na legenda do vídeo, ela abriu o coração sobre sua jornada para a maternidade, revelando os desafios que enfrentou ao longo dos anos.
Leia a publicação na íntegra
Eu não queria compartilhar nada até que fosse mais do que evidente, mas quis compartilhar pelas que estão na luta. Tive que lidar desde os 22 anos com perguntas de “para quando o bebê?”
Que pressão social assustadora. Nunca tive instinto maternal, aquele desejo de ter filhos ou gostar de pegar o bebê de alguém. Com o passar dos anos, meu grupo de amigas foram tendo bebês e as redes sociais estavam cheias de nascimentos (acho que pela idade é o que nos toca). Não é brincadeira a frase de “vai passar o arroz”. Há tanto desconhecimento sobre a idade reprodutiva da mulher e que não é tão fácil engravidar.
Há cinco anos atrás eu levantei com muito medo a ideia de ser mãe. Medo porque um ser humano vai depender de mim para sobreviver, medo de não trabalhar, medo de me perder como mulher… Mas esta é outra história.
O que eu vim dizer é que uma mulher saudável de 27 anos passa duas fertilização in vitro, três perdidas e uma operação de trompas somado ao surgimento de endometriose. Fiz testes de todos os tipos ao longo dos anos, com embriões divinos e sem encontrar o porquê de nada. Frustração e por que “todas” engravidam como por magia me atormentava. Estou acostumada a que com esforço, trabalho duro e perseverança consiga o que me propuser, mas isto não funciona assim, querida.
Para cúmulo, tive que engolir a ditosa pergunta de “para quando o bebê? ” Uma e outra vez com tanta dor no peito. Perdi minha mãe há dois anos, não tenho pais nem irmãos, a sensação de orfandade e vazio me acompanhou até o dia que ouvi o coração do meu bebê pela primeira vez. Meu último embrião congelado, minha última esperança de ter essa razão para ser forte na vida. Aqui está ela, saudável e crescendo. E eu sei que foi minha mãe que me enviou para que eu nunca mais me sinta sozinha, para que eu faça a vida ganhar e tenha esse arco-íris cheio de amor depois de tanta tempestade. Ainda não acredito e acordo de madrugada com medo de ver os lençóis cheios de sangue ou fecho os olhos nas ecografias até ouvir que está tudo perfeito. Tudo vem, não desista.